quarta-feira, 15 de julho de 2009

Nação Vodum


Voduns das Águas Oceânicas O oceano abriga uma variedade imensa de entidades, dentre estas, encontramos muitos Voduns masculinos e femininas. Para falarmos sobre as Naês (mães) que habitam o oceano, torna-se necessário falarmos dos Voduns masculinos que moram com elas. Para os adeptos do culto Vodum o oceano é o grande Hu-Non (ru-nom), considerado o maior de todos os Voduns. Naete (naêtê) e seu esposo Vodum Hou (rou) são os deuses que reinam esse universo oceânico. Enquanto Naete fica nas águas calmas, Vodum Hou desbrava todas as regiões e dá a cada Vodum suas tarefas. Naete (naêtê) - Vodum feminino do panteão do trovão que habita as águas calmas antes da arrebentação, esposa de Vodum Hou. Hou (rou) - Vodum masculino do panteão do trovão casado com Naetê, pai de Aveheketi, trindade muito cultuada e honrada nos templos do Trovão. Sua morada são as volutas bramantes das ondas que arrebentam no litoral. Cada Vodum habita uma região do oceano e têm uma função. Assim vamos encontrar:Vodum Nate (natê) - Vodum do panteão do trovão que habita o mar. Adorado pelos pescadores e por todos que trabalham no mar. É o grande guardião que habita em todo o oceano, mar e praias.Sayo (saíô) - Vodum feminina do pan­teão do trovão, irmã de Avhekete. Ha­bita as ondas do mar que fazem o nível do oceano subir. Considerada como uma sereiaVodum Tokpodun (tópôdum) - Vodum feminina, deusa do rio. Seu frescor traz claridade para as cabeças e sua tran­qüilidade traz a paz. Símbolo de beleza, feminilidade, fertilidade, graça e caráter. Filha de Naete deusa do oce­ano, irmã de Avhekete. Foi expulsa do oceano por seus irmãos por seu caráter forte indo então, morar no rio.Vodum Tchahe (tchárrê) - Vodum feminina do panteão do trovão, irmã de Avhekete. Habita o marulhar das ondas das águas oceânicas.Vodum Agboê (abôê) - Vodum masculino do panteão do trovão, filho de Saho. Rea­liza tudo através de um talismã que preparou junto com seu pai. Dança com muito vigor, gira em torno de si mesmo e transforma–se na água que é Hu, o mar. Depois disso sai e pede a uma vodunsi que recolha água do mar, coloque em um ponte e a esquente. O resultado disso é o huladje, o sal.Vodum Avehekete (averequéte) - Vodum masculino do panteão do trovão,muito agitado, habita a arrebentação marinha. É quem leva as men­sagens de seu pai, Vodum Hou, às di­vindades marítimas e aos homens. Costuma roubas as chaves de sua mãe para da-las aos homens. Voduns gêmeos Dôtsê e Saho (dôtissê e Sarrô) - Dôtse nasceu à noite e Saho de manhã. Ela tem um olho em um lado da terra e Saho no outro lado. Considerados os Voduns que olham o mundo. Panteão do trovão, habitam sobre o mar.Vodum Yedomekwe (iêdômêqüê) - Vodum feminina que faz chover. Habita na evaporação das águas oceânicas.Goheji (gôrêji) - Vodum jovem muito alegre e falante, habita o encontro das águas das lagoas com o mar. Essa mãe gosta muito de passear pelas lagoas e lagos misturando-se com os patos d´água em seu bailado e fica muito aborrecida se algum caçador mata ou fere uma dessas aves. Veste roupas azul, verde água, prateado com rosa clarinho ou azul. Gosta de adornos prateados, pérolas e perfumes suave. Pertence ao panteão da terra. Quando Goreji resolve passear em águas oceânicas, os cavalos marinhos que a adoram ficam ao seu dispor para transportá-la e passear com ela. Em seu assentamento podemos colocar bonecas coloridas e outros brinquedos de menina.Vodum Aboto - habita as águas doces profundas que desembocam no mar. É sempre confundida tanto como Oxum quanto como Yemanja. Uma das Voduns mais velha do panteão da terra. Veste branco, branco com amarelo, amarelo clarinho, suas contas são amarelo pálido. Gosta de adornos dourados e perfume. Não gosta de muito barulho perto dela. Fica fascinada com o barulho dos búzios em movimento com as águas e faz desses seu oráculo. Os gêmeos Dazodje (dázôdjê) e Nyohuewe Ananu (niôrruêuê ananú) - habitam nas riquezas depositadas no fundo do mar e são considerados os Voduns da Riqueza. Não são feitos na cabeça de ninguém. Erzulie (erzúliê) - Vodum feminino que habita o reino abissal, pertence ao panteão da terra. É considerada a mãe de Agué e Olokwe. Essa Vodum também é conhecida como Erzulie-Dantor, poderosa conhecedora da alta magia. Dizem os bakonos que ela se assemelha a Netuno, pois está sempre tentando levar toda a humanidade para habitar o oceano. Ela diz que todos os humanos têm a capacidade dos anfíbios e que todos se originaram do fundo do mar. Alguns acreditam que é um Vodum andrógino. Em momento de afogamento devemos chamar por Vodum Abe (abê) e Vodum Sayo para que essas convençam Erzulie que nosso lugar é na terra.Oulisa (oulissá) - Vodum masculino que habita as águas claras e frias do oceano. Esse Vodum é sempre muito confundido com Lisa (lissá) ou Oxala. Veste branco com detalhes prateado ou dourado. É um Guerreiro dos Mares. Panteão da terra.Abe (abê) - Vodum feminina irmã de Bade, panteão do trovão. Habita as águas revoltas do oceano. Sempre que acontece um naufrágio é ela junto com Vodum Sayo que tentam salvar os náufragos. Considerada uma das mais velhas mães do mar, sempre substitui Naete, quando essa precisa se ausentar do reino. Noche Abe é considerada a palmatória do mundo, cabe a ela mostrar as verdades e não deixar que essas sumam nas águas, dizem os antigos que o ditado "A verdade sempre anda sobre as águas, nunca afunda, um dia ela aparecerá na praia" foi dito por Abe. Assim como Erzulie, Abe é conhecedora de alta magia. Veste branco, azul muito clarinho. Existe uma grande confusão entre o nome desta Vodum com as Voduns Abe Huno (abé runô), Abe Gelede (abé geledê), Abe Afefe (abé afêfê) que são Voduns guerreiras dos raios, tempestades e ventos.Naê Aziri - Vodum das águas doces que muito se assemelha ao Orixa Oxum. Panteão da terra. Essa Vodum é muito confundida com a Vodum Azihi-Tobosi (aziri-tobossi) que habita o alto mar e é a protetora de todas as embarcações que navegam no oceano. Afrekete (afrequéte) - é a mais jovem e mimada Vodum do panteão do trovão, habita em todo o oceano. Junto com Nate(natê) desempenha o papel de Legba, guardando os mares. Protege os pescadores e pune todos aqueles que insultam os deuses e habitantes do mar. Quando vê uma embarcação pirata, agita as águas para que essa naufrague e após esse, entrega todo o tesouro encontrado aos Voduns da riqueza e os mortos à Abe Gelede (abé).
Aouanga (auangá) - Vodum masculino do panteão do trovão, irmão de Avehekete. Habita as lagunas marinha. Suas águas engolem os ladrões.Agoen (agôêm) - Vodum filho de Saho, reina na areia branca que cobre o chão das praias e oceanos.
Agwe (agüê) - Vodum feminina do panteão da terra que habita sobre as águas oceânicas. Muito afetuosa, está sempre atenta as necessidade alimentares do homem e os ajuda a prover sua mesa, usando sua arma principal, a dam (rede). São tantos os Voduns que habitam as águas oceânicas que torna-se impraticável descrever todos aqui nesse espaço. Temos em nosso culto uma linda cerimônia denominada GOZIN (gozim) onde fazemos oferendas à todas as divindades que habitam as águas. É um momento muito sublime, de uma energia indescritível. Quando "gritamos" Agoki-Agoka (agôqui-agôcá) podemos perceber a chegada de cada um deles. Não poderia deixar de citar o mito do monstro marinho Mokele-Mbenbe (môquêlêbêmbê), animal do tamanho de um elefante, um pescoço longo, um único chifre e uma enorme calda envolada que ataca as embarcações. Muito temido e respeitado em todo o Dahomey até os dias de hoje. E na Hou nule ye! (Ê ná rou nûlê iê!) (Que os deuses do oceâno abençoem vocês!)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Bruxaria - Wicca, um pouco sobre.

A Wicca é uma religião Neopagã fundamentada nos cultos da fertilidade que se originaram na Europa Antiga. O Bruxo inglês Gerald B. Gardner impulsionou o renascimento do culto na Wicca, junto com outros bruxos, em meados dos anos 40 e 50. Embora essa fundação tenha ocorrido provavelmente na década de 1940 só foi revelada publicamente em 1954, quando da época da sanção da última das leis contra a Bruxaria na Inglaterra. A tradição Wicca e seus termos são baseados em diversas culturas Pagãs antigas, modificadas pelo que segundo Gardner era uma tradição sobrevivente da Bruxaria Medieval, mas da qual o conhecimento que temos é obscuro.Desde seu renascimento, várias tradições da Wicca surgiram. Algumas se afastando consideravelmente dos conceitos da década de 50. A tradição que segue os ensinamentos e práticas específicas, conforme estabelecidos por Gardner, é denominada Tradição Gardneriana. Além dela, muitas outras tradições da Wicca se desenvolveram e também existem muitos praticantes que não pertencem a nenhuma tradição estabelecida, mas criam a sua própria forma de culto (ecléticos) aos Antigos Deuses, denominando-se Bruxos Solitários. Estes podem, contudo, participar dos Sabbats e Esbbats com outros bruxos.É importante frisar que a Wicca não é uma religião mantida ininterruptamente desde a Antigüidade, mas ela tem bases em crenças e rituais antigos.DEFINIÇÃOA palavra "Wicca" vem do Inglês antigo, tendo sido reintroduzida no uso moderno daquele idioma por Gerald Gardner, em sua publicação de 1954. Embora Gardner utilizasse a grafia "Wica", popularizou-se o uso de "Wicca", mais coerente à etimologia da língua inglesa moderna.Os primeiros livros sobre Wicca em língua portuguesa foram traduções da língua inglesa, tendo seus tradutores optado por manter a grafia original. Mais tarde, os livros escritos diretamente em Português mantiveram esse uso. No entanto, não há consenso entre autores e tradutores sobre a palavra a ser usada na língua portuguesa para designar o praticante da religião Wicca, sendo utilizadas mais amplamente as formas "wiccano(a)" e "wiccaniano(a)". É também de uso menos comum a forma "wiccan", como no original em inglês, para ambos os sexos.Os defensores da forma "wiccaniano" alegam ter sido o primeiro livro sobre Wicca traduzido para o Português o "Feitiçaria Moderna", de Gerina Dunwich, onde foi utilizada essa forma. Os demais termos são normalmente mantidos sem tradução, em sua forma originalmente usada na língua inglesa.Embora sejam algumas vezes usadas como sinônimo, Wicca e Bruxaria são conceitos diferentes. A confusão se dá porque tanto os praticantes da Wicca quanto os da Bruxaria - Moderna ou Tradicional - se denominam Bruxos. Da mesma forma, não devem ser confundidos os termos Wicca e Neopaganismo, uma vez que a Wicca é apenas uma das expressões modernas do antigo Paganismo.A Wicca é uma religião iniciática e pode ser praticada tanto de forma tradicional quanto de forma solitária. Nas formas tradicionais, os praticantes avançam através dos graus de iniciação da religião e geralmente trabalham em covens (grupos de iniciados que celebram juntos, liderados por uma Alto Sacerdotisa e por um Alto Sacerdote). Na forma solitária, os praticantes celebram os Rituais Sazonais sozinhos ou podem se reunir com outros Solitários nestas datas.Todas as formas de Wicca cultuam a Deusa e o Deus, variando porém o grau de importância dado ao culto de cada um deles, pois apesar de existirem tradições que cultuam a Deusa com maior ênfase, o culto aos dois com igual dedicação é um ponto forte e mais presente nas crenças wiccanianas devido ao trabalho com o equilíbrio entre os Gêneros Divinos, Feminino e Masculino.CRENÇAS E PRATICASHá diversas denominações (chamadas comumente de Tradições) Wiccanianas. Assim, há uma enorme quantidade de variações sobre as crenças e as práticas wiccanianas.A prática wiccaniana mais comum cultua duas divindades, a Deusa e o Deus, algumas vezes chamado de Deus Cornífero (do latim: "o que porta cornos").Algumas tradições, principalmente as denominadas Tradições Diânicas, dão mais ênfase ao culto à Deusa. Outras, entretanto, dão ênfase ao Deus e à Deusa como complementares de onde surge toda a criação, em igualdade de condições. Algumas Tradições Diânicas feministas não consideram o Deus. Alguns praticantes discordam dessa posição, dizendo não haver razão para realizar as celebrações ritualísticas mais importantes sem a presença das duas polaridades. Outros praticantes vêem a Deusa como a Criadora e a Incriada, sendo assim o Deus apenas uma parcela Dela.O culto na Wicca é fundamentado no equilíbrio entre as polaridades encontradas na Natureza e entre os Gêneros Divinos. Entretanto, os praticantes da Wicca ainda são politeístas, já que essa é uma característica essencial do Paganismo.Os ritos da Wicca reverenciam a ligação da vida dos praticantes e das Divindades com a Terra. Essa reverência se expressa, principalmente, através de rituais cuja liturgia celebra as lunações e as mudanças das estações do ano, através de um antigo calendário agrícola(Roda do Ano). Sem esquecer a crença na reencarnação dentre os Bruxos Modernos.Os praticantes da Wicca realizam rituais em honra à Deusa nas noites de Lua Cheia. Esses rituais são normalmente denominados Esbbats. Algumas tradições chamam também de Esbbat rituais realizados nas demais fases da Lua.Esses rituais são celebrações onde se acredita que a Deusa manifesta-se na Suma Sacerdotisa através do ritual "Drowing Down The Moon", e através dela revela a sua sabedoria. Vale ressaltar que apenas a Alta Sacerdotisa e o Alto Sacerdote estão aptos a realizar tal ritual.O culto à Deusa é vivenciado através das Suas variadas faces:* A Donzela, que representa a pureza feminina, o vigor, a inocência e a sedução (Lua Nova e Crescente);* A Mãe, fonte da vida e protetora (Lua Cheia);* A Anciã, Velha e Sábia, conhecedora dos maiores mistérios da vida e da morte (Lua Minguante);* A Iniciadora, seu lado escuro e destruidor (Lua Negra).Vale alertar que não há espaço em nenhuma tradição que esteja inserida no Neopaganismo para o conceito de "Mal Absoluto". Caem por terra, dessa feita, as tentativas por parte de outras religiões de ligarem o Paganismo, Antigo ou Moderno, a entidades como do Diabo da mitologia cristã.

Bruxaria - O pentagrama


Desde os primórdios da humanidade, o ser humano sempre se sentiu envolto por forças superiores e trocas energéticas que nem sempre soube identificar. Sujeito a perigos e riscos, teve a necessidade de captar forças benéficas para se proteger de seus inimigos e das vibrações maléficas. Foi em busca de imagens, objetos, e criou símbolos para poder entrar em sintonia com energias superiores e ir ao encontro de alguma forma de proteção.Dentre estes inúmeros símbolos criados pelo homem, se destaca o pentagrama, que evoca uma simbologia múltipla, sempre fundamentada no número 5, que exprime a união dos desiguais. As cinco pontas do pentagrama põem em acordo, numa união fecunda, o 3, que significa o principio masculino, e o 2, que corresponde ao princípio feminino. Ele simboliza, então, o andrógino. O pentagrama sempre esteve associado com o mistério e a magia. Ele é a forma mais simples de estrela, que deve ser traçada com uma única linha, sendo conseqüentemente chamado de "Laço Infinito".A potência e associações do pentagrama evoluíram ao longo da história. Hoje é um símbolo onipresente entre os neopagãos, com muita profundidade mágica e grande significado simbólico. Um de seus mais antigos usos se encontra na Mesopotâmia, onde a figura do pentagrama aparecia em inscrições reais e simbolizava o poder imperial que se estendia "aos quatro cantos do mundo". Entre os Hebreus, o símbolo foi designado como a Verdade, para os cinco livros do Pentateuco (os cinco livros do Velho Testamento, atribuídos a Moisés). Às vezes é incorretamente chamado de "Selo de Salomão", sendo, entretanto, usado em paralelo com o Hexagrama.Na Grécia Antiga, era conhecido como Pentalpha, geometricamente composto de cinco As.Pitágoras, filósofo e matemático grego, grande místico e moralista, iniciado nos grandes mistérios, percorreu o mundo nas suas viagens e, em decorrência, se encontram possíveis explicações para a presença do pentagrama, no Egito, na Caldéia e nas terras ao redor da Índia. A geometria do pentagrama e suas associações metafísicas foram exploradas pelos pitagóricos, que o consideravam um emblema de perfeição. A geometria do pentagrama ficou conhecida como "A Proporção Dourada", que ao longo da arte pós-helênica, pôde ser observada nos projetos de alguns templos.Para os agnósticos, era o pentagrama a "Estrela Ardente" e, como a Lua crescente, um símbolo relacionado à magia e aos mistérios do céu noturno. Para os druidas, era um símbolo divino e, no Egito, era o símbolo do útero da terra, guardando uma relação simbólica com o conceito da forma da pirâmide. Os celtas pagãos atribuíam o símbolo do pentagrama à Deusa Morrigan.Os primeiros cristãos relacionavam o pentagrama às cinco chagas de Cristo e, desde então, até os tempos medievais, era um símbolo cristão. Antes da Inquisição não havia nenhuma associação maligna ao pentagrama; pelo contrário, era a representação da verdade implícita, do misticismo religioso e do trabalho do Criador.O imperador Constantino I, depois de ganhar a ajuda da Igreja Cristã na posse militar e religiosa do Império Romano em 312 d.C., usou o pentagrama junto com o símbolo de chi-rho (uma forma simbólica da cruz), como seu selo e amuleto. Tanto na celebração anual da Epifânia, que comemora a visita dos três Reis Magos ao menino Jesus, assim como também a missão da Igreja de levar a verdade aos gentios, tiveram como símbolo o pentagrama, embora em tempos mais recentes este símbolo tenha sido mudado, como reação ao uso neopagão do pentagrama.Em tempos medievais, o "Laço Infinito" era o símbolo da verdade e da proteção contra demônios. Era usado como um amuleto de proteção pessoal e guardião de portas e janelas. Os Templários, uma ordem militar de monges formada durante as Cruzadas, ganharam grande riqueza e proeminência através das doações de todos aqueles que se juntavam à ordem, e amealhou também grandes tesouros trazidos da Terra Santa. Na localização do centro da "Ordem dos Templários", ao redor de Rennes du Chatres, na França, é notável observar um pentagrama natural, quase perfeito, formado pelas montanhas que medem vários quilômetros ao redor do centro.Há grande evidência da criação de outros alinhamentos geométricos exatos de Pentagramas como também de um Hexagrama, centrados nesse pentagrama natural, na localização de numerosas capelas e santuários nessa área. Está claro, no que sobrou das construções dos Templários, que os arquitetos e pedreiros associados à poderosa ordem conheciam muito bem a geometria do pentagrama e a "Proporção Dourada", incorporando aquele misticismo aos seus projetos.Entretanto, a "Ordem dos Templários" foi inteiramente dizimada, vítima da avareza da Igreja e de Luiz IX, religioso fanático da França, em 1.303. Iniciaram-se os tempos negros da Inquisição, das torturas e falsos-testemunhos, de purgar e queimar, esparramando-se como a repetição em câmara-lenta da peste negra, por toda a Europa.Durante o longo período da Inquisição, havia a promulgação de muitas mentiras e acusações em decorrência dos "interesses" da ortodoxia e eliminação de heresias. A Igreja mergulhou por um longo período no mesmo diabolismo ao qual buscou se opor. O pentagrama foi visto, então, como simbolizando a cabeça de um bode ou o diabo, na forma de Baphomet, e era Baphomet quem a Inquisição acusou os Templários de adorar. Também, por esse tempo, envenenar como meio de assassinato entrou em evidência. Ervas potentes e drogas trazidas do leste durante as Cruzadas, entraram na farmacopéia dos curandeiros, dos sábios e das bruxas.Curas, mortes e mistérios desviaram a atenção dos dominicanos da Inquisição, dos hereges cristãos, para as bruxas pagãs e para os sábios, que tinham o conhecimento e o poder do uso dessas drogas e venenos. Durante a purgação das bruxas, outro deus cornudo, como Pan, chegou a ser comparado com o diabo (um conceito cristão) e o pentagrama - popular símbolo de segurança - pela primeira vez na história, foi associado ao mal e chamado "Pé da Bruxa". As velhas religiões e seus símbolos caíram na clandestinidade por medo da perseguição da Igreja e lá ficaram definhando gradualmente, durante séculos. As sociedades secretas de artesãos e eruditos, que durante a inquisição viveram uma verdadeira paranóia, realizando seus estudos longe dos olhos da Igreja, já podiam agora com o fim do período de trevas da Inquisição, trazer à luz o Hermetismo, ciência doutrinaria ligada ao agnosticismo surgida no Egito, atribuída ao deus Thot, chamado pelos gregos de Hermes Trismegisto, e formada principalmente pela associação de elementos doutrinários orientais e neoplatônicos. Cristalizou-se, então, um ensinamento secreto em que se misturavam filosofia e alquimia, ciência oculta da arte de transmutar metais em ouro. O simbolismo gráfico e geométrico floresceu, se tornou importante e, finalmente, o período do Renascimento emergiu, dando início a uma era de luz e desenvolvimento.Um novo conceito de mundo pôde ser passado para a Europa renascida, onde o pentagrama (representação do número cinco), significava agora o microcosmo, símbolo do Homem Pitagórico que aparece como uma figura humana de braços e pernas abertas, parecendo estar disposto em cinco partes em forma de cruz; o Homem Individual. A mesma representação simbolizava o macrocosmo, o Homem Universal - dois eixos, um vertical e outro horizontal, passando por um mesmo centro. Um símbolo de ordem e de perfeição, da Verdade Divina. Portanto, "o que está em cima é como o que está embaixo", como durante muito tempo já vinha sendo ensinado nas filosofias orientais. O pentagrama pitagórico - que se tornou, na Europa, o de Hermes, gnóstico - já não aparece apenas como um símbolo de conhecimento, mas também como um meio de conjurar e adquirir o poder. Figuras de Pentagramas eram utilizadas pelos magos para exercer seu poder: existiam Pentagramas de amor, de má sorte, etc. No calendário de Tycho Brahe "Naturale Magicum Perpetuum" (1582), novamente aparece a figura do pentagrama com um corpo humano sobreposto, que foi associado aos elementos. Agripa (Henry Cornelius Von de Agripa Nettesheim), contemporâneo de Tycho Brahe, mostra proporcionalmente a mesma figura, colocando em sua volta os cinco planetas e a Lua no ponto central (genitália) da figura humana. Outras ilustrações do mesmo período foram feitas por Leonardo da Vinci, mostrando as relações geométricas do Homem com o Universo. Mais tarde, o pentagrama veio simbolizar a relação da cabeça para os quatro membros e conseqüentemente da pura essência concentrada de qualquer coisa, ou o espírito para os quatro elementos tradicionais: terra, água, ar e fogo - o espírito representado pela quinta essência (a "Quinta Essentia" dos alquimistas e agnósticos).Na Maçonaria, o homem microcósmico era associado com o Pentalpha (a estrela de cinco pontas). O símbolo era usado entrelaçado e perpendicular ao trono do mestre da loja. As propriedades e estruturas geométricas do "Laço Infinito" foram simbolicamente incorporadas aos 72 graus do Compasso - o emblema maçônico da virtude e do dever. Nenhuma ilustração conhecida associando o pentagrama com o mal aparece até o Século XIX. Eliphas Levi (Alphonse Louis Constant) ilustra o pentagrama vertical do homem microcósmico ao lado de um pentagrama invertido, com a cabeça do bode de Baphomet (figura panteísta e mágica do absoluto). Em decorrência dessa ilustração e justaposição, a figura do pentagrama, foi levada ao conceito do bem e do mal. Contra o racionalismo do Século XVIII, sobreveio uma reação no Século XIX, com o crescimento de um misticismo novo que muito deve à Santa Cabala, tradição antiga do Judaísmo, que relaciona a cosmogonia de Deus e universo à moral e verdades ocultas, e sua relação com o homem.Não é tanto uma religião mas, sim, um sistema filosófico de compreensão fundamentado num simbolismo numérico e alfabético, relacionando palavras e conceitos. Eliphas Levi foi um expositor profundo da Cabala e instrumentou o caminho para a abertura de diversas lojas de tradição hermética no ocidente: a "Ordem Temporale Orientalis" (OTO), a "Ordem Hermética do Amanhecer Dourado" (Golden Dawn), a "Sociedade Teosófica", os "Rosacruzes", e muitas outras, inclusive as modernas Lojas e tradições da Maçonaria. Levi, entre outras obras, utilizou o Tarot como um poderoso sistema de imagens simbólicas, que se relacionavam de perto com a Cabala. Foi Levi também quem criou o Tetragrammaton - ou seja, o pentagrama com inscrições cabalísticas, que exprime o domínio do espírito sobre os elementos, e é por este signo que se invocavam, em rituais mágicos, os silfos do ar, as salamandras do fogo, as ondinas da água e os gnomos da terra ("Dogma e Ritual da Alta Magia" de Eliphas Levi).A Golden Dawn, em seu período áureo (de 1888 até o começo da primeira guerra mundial), muito contribuiu para a disseminação das raízes da Cabala Hermética moderna ao redor do mundo e, através de escritos e trabalhos de vários de seus membros, principalmente Aleister Crowley, surgiram algumas das idéias mais importantes da filosofia e da mágica da moderna Cabala. Em torno de 1940, Gerald Gardner adotou o pentagrama vertical, como um símbolo usado em rituais pagãos. Era também o pentagrama desenhado nos altares dos rituais, simbolizando os três aspectos da deusa mais os dois aspectos do deus, nascendo, então, a nova religião de Wicca. Por volta de 1960, o pentagrama retomou força como poderoso talismã, juntamente com o crescente interesse popular em bruxaria e Wicca, e a publicação de muitos livros (incluindo vários romances) sobre o assunto, ocasionando uma decorrente reação da Igreja, preocupada com esta nova força emergente. Um dos aspectos extremos dessa reação foi causado pelo estabelecimento do culto satânico - "A Igreja de Satanás" - por Anton La Vay. Como emblema de sua igreja, La Vay adotou o pentagrama invertido (inspirado na figura de Baphomet de Eliphas Levi). Isso agravou com grande intensidade a reação da Igreja Cristã, que transformou o símbolo sagrado do pentagrama, invertido ou não, em símbolo do diabo. A configuração da estrela de cinco pontas, em posições distintas, trouxe vários conceitos simbólicos para o pentagrama, que foram sendo associados, na mente dos neopagãos, a conceitos de magia branca ou magia negra. Esse fato ocasionou a formação de um forte código de ética de Wicca - que trazia como preceito básico: "Não desejes ou faças ao próximo, o que não quiseres que volte para vós, com três vezes mais força daquela que desejaste." Apesar dos escritos criados para diferenciar o uso do pentagrama pela religião Wicca, das utilizações feitas pelo satanismo, principalmente nos Estados Unidos, onde os cristãos fundamentalistas se tornaram particularmente agressivos a qualquer movimento que envolvesse bruxaria e o símbolo do pentagrama, alguns wiccanianos se colocaram contrários ao uso deste símbolo, como forma de se protegerem contra a discriminação estabelecida por grupos religiosos radicais. Apesar de todas as complexidades ocasionadas através dos diversos usos do pentagrama, ele se tornou firmemente um símbolo indicador de proteção, ocultismo e perfeição. Suas mais variadas formas e associações em muito evoluíram ao longo da história e se mantêm com toda a sua onipresença, significado e simbolismo, até os dias de hoje. O Pentagrama é o símbolo de toda criação mágica. Suas origens estão perdidas no tempo. O pentagrama foi usado por muitos grupos de pessoas aos longo da História como símbolo de poder mágico. O Pentagrama é conhecido com a estrela do microcosmo, ou do pequeno universo, a figura do homem que domina o espírito sobre a matéria, a inteligência sobre os instintos. Na Europa Medieval era conhecido como "Pé de Druida" e como "Pé de Feiticeiro", em outras épocas ficou conhecido como "Cruz dos Goblins". O Pentagrama representa o próprio corpo, os 4 membros e a cabeça. É a representação primordial dos 5 sentidos tanto interiores como exteriores. Além disso, representa os 5 estágios da vida do homem:Nascimento: o início de tudoInfância: momento onde o indivíduo cria suas próprias basesMaturidade: fase da comunhão com as outras pessoasVelhice: fase de reflexão, momento de maior sabedoriaMorte: tempo do término para um novo inícioO Pentagrama é o símbolo da Bruxaria. Os Bruxos usam um Pentagrama para representar a sua fé e para se reconhecerem. O Pentagrama é tão importante para um Wiccaniano, assim como uma cruz é importante para um cristão, ou como um Selo de Salomão é importante para um judeu. O Pentagrama representa o homem dentro do círculo, o mais alto símbolo da comunhão total com os Deuses. É o mais alto símbolo da Arte, pois mostra o homem reverenciando a Deusa , já que é a estilização de uma estrela (homem) assentada no círculo da Lua Cheia (Deusa). Cada uma das pontas possui um significado particular:PONTA 1 - ESPÍRITO: representa os criadores , a Deusa e o Deus, pois eles guiam a nossa vida e nos ajudam na realização dos ritos e trabalhos mágicos. O Deus e a Deusa são detentores dos 4 elementos e estes elementos são as outras 4 pontas.PONTA 2 - TERRA: representa as forças telúricas e os poderes dos elementais da terra, os Gnomos. É a ponta que simboliza os mistérios, o lado invisível da vida, a força da fertilização e do crescimento.PONTA 3 - AR: representa as forças aéreas e os poderes dos Silfos. Corresponde à inteligência , ao poder do saber, a força da comunicação e da criatividade.PONTA 4 - FOGO: representa a energia, a vontade e o poder das Salamandras. Corresponde às mudanças, às transformações. É a força da ativação e da agilidade.PONTA 5 - ÁGUA: representa as forças aquáticas e aos poderes das Ondinas. Está ligada às emoções, ao entardecer, ao inconsciente. Corresponde às forças da mobilidade e adaptabilidade. Portanto, o Bruxo que detém conhecimento sobre os elementos usa o Pentagrama como símbolo de domínio e poder sobre os mesmos.

Bruxaria - O Altar


Sempre que possível, uma bruxa(o) deve ter seu Altar, que deverá ser seu ponto de ligação com os Deuses. Não precisa ser nada complicado ou luxuoso. Tradicionalmente, ele deve ficar ao Norte. Uma vela preta é colocada a Oeste simbolizando a Deusa, e uma vela branca a Leste para o Deus. No Altar deve estar o Cálice e o Athame, o Pentagrama, a Varinha e outros objetos utilizados nos rituais. Também é comum se colocarem símbolos para os Quatro Elementos, como uma pena para o Ar, uma planta para a Terra, uma vela vermelha ou enxofre para o Fogo, e, logicamente, água para esse mesmo elemento. Muitas pessoas colocam um símbolo para a Deusa e o Deus, como uma concha e um chifre, ou mesmo estátuas e gravuras dos Deuses. Deve ser criativo, pois o Altar é o um espaço pessoal, onde deve ser colocado amor. Se, por algum motivo, não for possível montar um Altar, pode ser um espaço na sua imaginação, pois o verdadeiro Templo está dentro de você, ou vá para a Natureza e faça dela o mais lindo de todos os santuários.

Bruxaria - Athame

O athame é uma faca de cabo preto tradicional das bruxas. Ele é utilizado para lançar o círculo mágico, para traçar emblemas mágicos no ar, para direcionar a energia e para controlar e banir espíritos.A faca atualmente também é utilizada para representar o aspecto masculino da divindade e como um símbolo da vontade. Algumas bruxas só usam as suas facas em rituais e feitiços, mas outras acreditam que, quanto mais for usada a faca (mesmo em situações cotidianas), mais poderosa ela se torna. A escolha é pessoal.O uso de uma faca sagrada em ritos pagãos é bastante antigo. Há um desenho de um vaso grego datado de aproximadamente 200 a.c. que mostra duas bruxas nuas tentando invocar os poderes da Lua para a sua magia. Uma delas está segurando uma varinha e a outra segura uma pequena espada. Em uma jóia da Roma Antiga, há a figura de Hécate na forma tripla, onde seus três pares de braços seguram os símbolos de uma tocha acesa, um açoite e uma adaga mágica. Uma xilogravura que ilustra a história de Gentibus Septenbrionalibus de Olaus Magnus, publicada em Roma em 1555, mostra uma bruxa controlando alguns fantasmas, brandindo um athame em uma mão e um punhado de ervas mágicas na outra. O mais curioso é como o uso do athame tem sido encontrado em mitos de lugares tão distantes.As origens da palavra athame foram perdidas na história. Alguns dizem que possa ter vindo de 'A Chave de Salomão' (1572) que se refere à faca como arthana, enquanto outros afirmam que athame vem da palavra árabe al-adhamme ("letra de sangue"), que se refere a uma faca sagrada usada na tradição mourisca. Em qualquer um dos casos, há manuscritos datados do século XI que abordam o uso de facas rituais na Magia.Mas não tenho um athame para lançar o círculo!Oras, improvise. É claro que ter o athame é algo importante, pois existe toda a simbologia do instrumento. Mas você pode usar uma faca (previamente limpa e purificada para uso mágico, apenas), seu bastão ou mesmo o seu dedo, oras. Não se limite apenas porque não tem os instrumentos, mas lembre-se de que isso é provisório, até você conseguir ter tudo.Você pode comprar pela Internet ou em lojas esotéricas os instrumentos para o seu uso mágico e pessoal. E outra: use a sua criatividade. Há diversos lugares por aí que vendem esse tipo de coisa. É claro que você não vai encontrar um lugar chamado "Loja das Bruxas - Tudo o que você precisa está aqui", porque não vivemos no mundo do Harry Potter (hehe). Mas você costuma encontrar velas, incensos, cálices, castiçais e muitos outros utensílios em lojas populares e até supermercados. Corra atrás! Não se limite quanto a isso.Como deve ser o meu athame?O athame geralmente tem cabo mais escuro, não necessariamente preto, e preferencialmente de madeira (por ser mais natural). A lâmina é dupla (dois cortes) e geralmente sem fio (principalmente na Wicca), pois ele serve para cortar energias. No entanto, o athame com corte deixa a simbologia ainda mais real (afinal, só algo que corte na realidade pode cortar no plano astral). Cabe a você decidir o que é mais correto em suas práticas pessoais, nesse sentido.Historicamente, o athame tem o cabo preto para fins de segurar a energia, mas nao há nenhuma regra para isso; o importante é voce se identificar com ele. É necessária a empatia com o utensílio.Muitos bruxos afirmam que o athame é de uso exclusivo ritualístico e, para fins práticos (cortar ervas e demais materiais), devemos usar a bolline (faca de cabo branco). Outros autores ainda afirmam que o athame deve ser usado para ambos os fins. Mais uma vez, você escolhe, mas o tradicional é que ele seja usado apenas para fins ritualísticos.Você deve escolher o que lhe for melhor. Se você seguir uma linha mais tradicional, faça o que for tradicional, para ter coerência. Depende das tradições, das vertentes, de você. Na Wicca Tradicional, especificamente, o athame tem o cabo preto, fio duplo e corte.

Bruxaria - O Caldeirão


Recipiente negro de ferro que representa o útero da Grande Mãe, onde tudo se transforma e de onde tudo nasce. Assim como a vassoura e os gatos pretos, o caldeirão está intimamente relacionado às bruxas de uma forma geral.No entanto, a ligação das bruxas com o caldeirão é muito mais do que ficção. Na verdade, essa ligação data dos dias antigos da Grécia, do mito de Medéia. Medéia era a bruxa de Colchis, com quem Jasão se casou no curso de sua busca do Pomo de Ouro. Medéia era uma sacerdotisa de Hécate e ela não somente tinha um caldeirão, mas também um coven. De acordo com Robert Graves em seu livro 'Mitos Gregos', Medéia era atendida por doze mulheres virgens que a ajudavam em sua terrível trama para matar o rei Pelias com o auxílio de seu caldeirão mágico.Também na antiga Grã-Bretanha e Irlanda, heróis iam para reinos encantados estranhos do outro mundo para ganharem um caldeirão como prêmio por suas aventuras. Podemos ver que esse costume perdura até hoje no uso de troféus para premiações das mais variadas espécies. A festa que todos os esportistas fazem ao elevar a taça enorme e brilhante no final de um campeonato de futebol nada mais é do que o antigo mito celta do caldeirão vivo nos dias de hoje. E passa tão despercebido pela maioria das pessoas, como muitas outras coisas relacionadas ao Paganismo.Outra relação do caldeirão com um troféu são as lendas do Santo Graal, que também tem suas origens enraizadas em mitos celtas pré-cristãos. Com a chegada do cristianismo, o caldeirão da inspiração e do renascimento transformou-se no misterioso Santo Graal, que os cavaleiros da Távola Redonda buscavam encontrar e conquistar. No entanto, as bruxas mantiveram a antiga versão pagã do caldeirão, associado à deusa celta Cerridwen.O caldeirão simboliza toda a Natureza e a Grande Mãe. É o princípio feminino representado por um recipiente; quando sobre três pés, nos lembramos das três faces da Deusa. Os quatro elementos estão intimamente relacionados ao caldeirão também, afinal precisamos do fogo para aquecer, da água para esfriar, das ervas da terra para cozinhar e de seu vapor perfumado que fica no ar.O caldeirão, em seu uso prático, foi uma grande evolução para a humanidade. O caldeirão de metal tornou-se bem mais eficiente que a panela de barro para esquentar e conservar o calor dos alimentos, além de preparar água quente para os banhos, preparar melhor os alimentos e fazer remédios com ervas. Dessa forma, o caldeirão se tornou um instrumento de Magia intimamente relacionado às mulheres.O caldeirão é visto como um recipiente de transformações porque pega coisas brutas e as transforma; transforma raízes e plantas em remédios poderosos; transforma alimentos orgânicos em deliciosos cozidos. Da mesma maneira, a mulher transforma uma semente (espermatozóide) em uma criança, e esta é a grande associação do caldeirão com o ventre da Deusa.O caldeirão pode ser usado para cozinhar, fazer poções, conter bebibas. Também pode ser enchido com água, fogo, flores ou outros itens em épocas específicas do ano ou em determinados rituais. Também pode ser usado como instrumento de divinação.Onde posso achar um caldeirão?Facilmente em lojas de panelas de barro e ferro. Panelas são caldeirões. Se for viajar para o interior ou para cidades menores, aproveite para procurar um caldeirão, pois em tais lugares o preço chega à metade dos grandes centros.

Bruxaria - O bastão


O bastão representa, para a maioria das tradições, o elemento Fogo. Isto porque seu material padrão é a madeira, e madeira alimenta o fogo. Bastões de outros materiais podem ser relacionados a outros elementos, assim como o próprio bastão de madeira. Depende da sua tradição e da sua visão.O bastão também está relacionado ao sagrado masculino, pois é um instrumento essencialmente fálico, assim como um athame ou uma espada.Para que serve?O bastão pode ser utilizado para o lançamento do círculo e para o direcionamento das energias na realização de feitiços e encantamentos. O athame é originalmente usado para lançar o círculo, mas muitas bruxas preferem fazer isso usando o bastão.Como fazer um bastãoVocê pode comprar um bastão pronto ou fazer um, mas é claro que um feito por você mesmo terá a sua energia contida nele desde o início. Para fazer um, o ideal é que você encontre um galho de árvore caído ou arranje um cano de cobre. Depende do material que irá utilizar. Não use materiais "artificiais", como plástico e alumínio, por exemplo. É sempre mais adequado ter seus instrumentos de trabalho feitos com materiais naturais. De qualquer forma, o material mais tradicional para o bastão ainda é a madeira.

Bruxaria - O Pentacúlo


O Pentáculo é um prato de metal ou madeira, um disco de qualquer material com o pentagrama cravado dentro de um círculo. É utilizado na consagração dos diversos instrumentos ritualísticos (de ervas a amuletos), sendo utilizado também como ponto focal de concentração nos rituais. Você pode utilizar o pentáculo para invocar os elementos da Natureza, assim como pode associá-lo ao ponto cardeal Norte e ao elemento Terra.Mais uma vez, você pode comprar seu Pentáculo pronto ou fazer o seu próprio. Para isso, basta escolher um material para servir de base (argila, pedra, madeira) e pintar ou cravar o símbolo do pentagrama sobre o material escolhido. Até mesmo papel pode ser usado.Meditação para conexão com o pentáculoVocê pode realizar esta meditação na consagração de seu pentáculo ou em outro dia qualquer que preferir. Segure o seu pentáculo com as duas mãos e respire profundamente.Sinta o poder da Terra, do seu corpo, ambos pulsando com a mesma intensidade e se unindo como um só ser.O pentáculo é o seu próprio corpo, os quatro membros e a cabeça. Ele representa os cinco sentidos: ver, ouvir, cheirar, provar, tocar. Sinta-os.O pentáculo representa os cinco elementos: ar, terra, fogo, fogo e o 5º elemento, o éter, o espírito, a inspiração.O pentáculo representa os cinco estágios da vida, cada um deles como um aspecto da Deusa: nascimento, iniciação, amor, repouso e morte.Agora olhe para o seu pentáculo ou desenhe-o em um pedaço de papel. Marque as cinco estações, em sentido horário pelos pontos, e experimente cada estágio individualmente, como ele ocorre em um tempo de vida e dentro do breve espaço de cada nova atividade ou relacionamento. Trace as linhas interligadas e reflita sobre os seus significados. Observe que o amor está ligado ao nascimento e à morte. Por quê? Faça isso com todos e reflita sobre suas ligações.Toque seu corpo com o pentagrama e deixe que a força vital de seu corpo flua para ele

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Nação de Vodum, O Jeje


Assim, como os Nagôs ou Yorubas, os Jejes língua Ewe, língua Fon, língua Mina e os Fanti ashantis, formam grupos sudaneses que englobam a África Ocidental hoje denominada de Nigéria, Benin e Togo. Sua entrada no Brasil ocorreu em meados do século XVII. Djedje (jeje) é uma palavra de origem yoruba que significa estrangeiro, forasteiro e estranho; que recebeu uma conotação pejorativa como “inimigo”, por parte dos povos conquistados pelos reis de Dahomey e seu exército. Quando os conquistadores eram avistados pelos nativos de uma aldeia, muitos gritavam dando o alarme “Pou okan, djedje hum wa!” (olhem, os jejes estão chegando!). Quando os primeiros daomeanos chegaram ao Brasil como escravos, aqueles que já estavam aqui reconheceram o inimigo e gritaram “Pou okan, djedje hum wa!”; e assim ficou conhecido o culto dos Voduns no Brasil “nação Jeje”. Dentre os daomeanos escravizados, uma mulher chamada Ludovina Pessoa, natural da cidade Mahi (marri), foi escolhida pelos Voduns para fundar três templos na Bahia. Ela fundou:Um templo para Dan; Kwe Ceja Hundê, mais conhecido como o Roça do Ventura ou Pó Zehen (pó zerrêm) em Cachoeira e São Felix Um templo para Heviossô Zoogodo Bogun Male Hundô Terreiro do Bogum em Salvador Um templo para Ajunsun que não se sabe porque não foi fundado. Esse é o segmento jeje-mahi do povo Fon. O templo de Ajunsun-Sakpata foi fundado mais tarde pela africana Gaiacu Satu, em Cachoeira e São Felix e recebeu o nome de Axé Pó Egi, mais conhecido por Cacunda de Ayá. São os Jeje-Savalu ou Savaluno. Sakpata era rei da cidade Savalu na África, segundo alguns historiadores, Sakpata foi o único rei que preferiu o exílio a se render aos conquistadores do Daomé. O dialeto dos savalus também é o Fon. No Maranhão encontramos a Casa das Minas fundada por Maria Jesuína, segundo informação de Sergio Ferretti. É com certeza a mais conhecida casa de jeje do Brasil. Esse é o segmento do povo Jeje-Mina. Ainda no Maranhão encontramos a casa Fanti-Ashante fundada por Euclides Menezes Ferreira (Talabian). Esse é o segmento jeje-Fanti-Ashanti do povo Akan vindo de Ghana, inicialmente teria ligações com a Sitio de Pai Adão Nação Nagô-Egbá. No Rio de Janeiro, foi fundado pela africana Gaiaku Rosena, natural de Allada, o Terreiro do Pó Dabá no bairro da Saúde, que foi herdado por sua filha Adelaide do Espírito Santo, também conhecida como Ontinha de Oiá (Devodê), que por sua vez foi sucedida por Joana da Cruz de Avimadjé, mais conhecida como Mejitó, que transferiu a casa de santo para o bairro Coelho da Rocha. Os descendentes do Pó Dabá mais ilustres da atualidade são Glorinha Toqüeno, com terreiro no bairro de Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro e Helena de Dã, com terreiro em Parque Paulista, em Duque de Caxias. Depois veio Antonio Pinto de Oliveira. Tata Fomutinho que fundou o Kwe Ceja Nassó, no bairro de Santo Cristo, depois mudou-se para Madureira na Estrada do Portela, depois para São João de Meriti onde finalmente se estabeleceu na Rua Paraíba. Dizem os mais velhos, que Mejitó, ajudou muito Tata Fomutinho no começo de sua vida de santo aqui no Rio de Janeiro. Tata Fomutinho deixou uma legião de filhos, netos e bisnetos. Dentre esses, Jorge de Yemanja que fundou o Kwe Ceja Tessi, Pai Zezinho da Boa Viagem que fundou o Terreiro de Nossa Senhora dos Navegantes, Tia Belinha que fundou a Colina de Oxosse e Amaro de Xangô.Os Voduns no Jeje são basicamente os da Mitologia Ewe e Fon.Mawu é o Ser Supremo dos povos Ewe e Fon. Lissá, que é masculino, e também co-responsável pela Criação. Loko, É o primogênito dos voduns.dono da joia de mahi que e o rungbe Gu, Vodun dos metais, guerra, fogo, e tecnologia. Heviossô, Vodun que comanda os raios e relâmpagos. Sakpatá, Vodun da varíola. Dan, Vodun da riqueza, representado pela serpente do arco-íris. Agué, Vodun da caça e protetor das florestas. Agbê, Vodun dono dos mares. Ayizan, Vodun feminino dona da crosta terrestre e dos mercados. Agassu, Vodun que representa a linhagem real do Reino do Daomé. Aguê, Vodun que representa a terra firme. Legba, O caçula de Mawu e Lissá, e representa as entradas e saídas e a sexualidade. Fa , Vodun da adivinhação e do destino. aziri , vodun das aguas doces. possun , vodun do po e da terra seca representado pelo tigre. Na Nação Jeje existe a necessidade do poço (se não existir uma nascente nas terras), o ideal é um sítio com nascente, mata natural, plantas e animais. Infelizmente nas casas urbanas isto já não é tão possível, pois as Casas cada vez mais diminuem de tamanho. Mas ainda assim toda casa Jeje deverá ter pelo menos um poço, um local reservado exclusivamente para as plantas e árvores necessárias ao culto, que chamamos "kpamahin", e alguns animais que são muito importantes para nós. Voduns não usam roupas luxuosas não gostam de roupas de festa e geralmente preferem a boa e velha roupa de ração. As danças são cadenciadas em um ritmo mais denso e pesado. Os Voduns estão sempre de olhos abertos e salvo algumas excessões, conversam (usando preferencialmente um dialeto próprio) e dão conselhos a quem os procura. Informação de Doté Dorivaldo. A iniciação ao culto dos voduns é complexa é longa e pode envolver longas caminhadas a santuários e mercados e períodos de reclusão dentro do convento ou terreiro hunkpame, que podem chegar a durar um ano, onde os neófitos são submetido a uma dura rotina de danças, preces, aprendizagem de línguas sagradas e votos de segredo e obediência.HierarquiaBokonon - Sacerdote do Vodun Fa equivalente ao Babalawo Doté Sacerdotes (homens) e Doné Sacerdotisas (mulheres) esse título é usado no Terreiro do Bogum e casas descendentes. Vodunsi - após 1 ano da iniciação. Kajekaji - iniciado que ainda não completou o ciclo de obrigações.

Odú, calculando seu Odú


Um exemplo ao lado de uma pessoa nascida 25 de março de 1962.
- Como 19, o total da segunda coluna, é maior que 16, você deve somar 1+9. Portanto no exemplo, o resultado da coluna da esquerda é 9 e o resultado da coluna da direita é 10.
A seguir desenhe uma cruz e escreva nas pontas dos braços da cruz as palavras Testa, Fronte Direita, Nuca e Fronte Esquerda, conforme o modelo:
- Escreva o número correspondente à soma da coluna da direita (10, no exemplo) no ponto referente à TESTA, e o número correspondente à soma da coluna da esquerda (9, no exemplo) no ponto referente à NUCA.
Para encontrar o número correspondente à FRONTE DIREITA, some os dois números já obtidos (9 e 10). O resultado obtido é 19, que reduzido, dá 10 (1+9=10).
Para encontrar o número correspondente à FRONTE ESQUERDA, some os três números já obtidos: 10+9+10 = 29. Como o resultado (29) é superior a 16, o número de Odús básicos, reduza-o: 2+9=11.
Para encontrar o número correspondente ao CENTRO DA CABEÇA, some os quatro números já obtidos 10+9+10+11 = 40, que reduzido dá 4 (4+0 = 4). Escreva o resultado no meio da cruz..
- Relembro que os Odús mais importantes para a orientação da pessoa são: o da Testa, que reflecte a sua vida material, e o do centro da Cabeça, que reflecte o seu caminho espiritual. Os outros três Odús equilibram e harmonizam as energias individuais, complementando as informações dos Odús da testa e do centro da cabeça.
Entretanto, e porque tantas vezes aqui, as pessoas pretendem saber quais são os seus Orixás através da sua data de nascimento, uma vez mais recordo que o Orixá que domina os Odús/Caminhos da pessoa, não é necessariamente o Orixá dono da Cabeça desta pessoa, esta resposta só pode ser obtida CORRECTAMENTE através do jogo de búzios. Portanto, não adianta perguntar-me qual é o seu Orixá através da sua data de nascimento, pois não me será possível dar-lhe AQUI essa resposta. Mas, essa soma, mostra energias que atuarão no destino, dando rumos e metas a seguirmos.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Candomblé, O começo





história do candomblé:


O candomblé é uma religião que teve origem na cidade de Ile Ifé, na África, e foi trazida para o Brasil pelos negros iorubas e bantos. Seus deuses são os Nkice, na Nação Angola Vodus, na nação Djeje e os Orixás, dos quais somente 16 são cultuados no nosso país: Exu, Ogum, Oxossì, Osanyin, Obalúaye, Oxumare, Nanã Buruku, Xango, Oya, Oba, Ewa, Oxun, Yemanjá, Logun Ede, Oxaguiam e Oxalufam. Ùltimamente temos visto o resgate de outros como Otin e outros mais no Continente africano. O babalorixá/ pai ou a Yialorixá/mãe de santo é a autoridade máxima dentro do candomblé. Eles são escolhidos pelos próprios Orixás desde seu nascimento para que os cultuem na terra. Os orixás os induzem a isto, fazem com que as pessoas por eles escolhidas sejam naturalmente levadas à religião, até que assumam o cargo para o qual estão destinadas. Uma pessoa não pode optar se quer ou não ser um Pai ou Mãe de Santo se não acontecer durante sua vida fatos que a levem a isto. São pessoas que de alguma forma são iluminadas pelos Orixás para que cumpram seu destino. Sem saber eles vão tomando seus caminhos pouco a pouco e der repente se vêem já cuidando de outras pessoas que precisam de seu caminho.
Primeiro chegaram os Bantu, esse chegaram no período da cana de açúcar, esse fator fizeram com que adentrassem mata a dentro, trabalhando cerca de 16 e até 18 horas por dia com isso prejudicando a disseminação de sua cultura.
No período da economia da mineração chegaram os primeiros Nagô trazendo consigo a Nação Ketu, esses foram mais beneficiados, pelo período ser de uma economia que lhes propiciava um serviço urbano, dentro das casas dos seus senhores, isso fazia com que eles tivessem uma integração social melhor que as do Banto, com isso também trocando melhores informações entre si e as que chegavam da Mãe África.
Por último chegaram o povo Ewe -Fon que trouxeram sua crença ligada ao culto dos Vodun. Como esses na Á frica eram inimigos dos segundo que aqui chegaram, os Nago (Ketu), quando eram vistos os Nagô quando os via gritam DJEJE (inimigo à vista ou forasteiro) e essa palavra deu origem a, hoje em dia, uma grande nação dentro do candomblé brasileiro. Os Babalorixás/Yialorixás, normalmente, são donos de uma roça, ou seja, um lugar onde estão todos os quartos de santo representando várias cidades africanas ali também encontramos plantados todos os axés e no qual os Orixás são cultuados. Dentro da roça existe o barracão, que seria o prédio central, onde ocorrem os toques essa denominação é porque antigamente os negros moravam nesses,também é o lugar em que são feitos os grandes assentamentos (oferendas) para os deuses. Hierarquicamente, existe, ainda, na roça um Babakekere/pai pequeno ou yiakekere/ mãe pequena, que é o braço direito do Pai de Santo e é normalmente um filho ou filha da casa. Depois vêm as Ekeji (ekedy), são mulheres também escolhidas pelos Orixás para cuidar deles e ajudá-los. Embora seja considerada autoridade dentro da roça, não podem ser Yalorixás, visto que sua função já foi determinada e não há como mudar. A seguir vem os Ogans, que tocam o atabaques e ajudam o Babalorixá nos fundamentos da casa; a Ya Bace, que toma conta da cozinha, isto é, de todas as comidas dos Santos; a Ya Efun, dona do efun (pemba), e que está encarregada de pintas os Yaôs (iniciantes que estão recolhidos para fazerem o Orixá); e finalmente os filhos de Santos, que são as pessoas que “rasparam o Santo”, ou melhor, rasparam a cabeça para um Santo a pedido deste.
Obs.
O nome Ekji deriva do nome Yia keji (segunda mãe), no Brasil o som JI é pronunciado como DI, donde podemos escrever também EKEDY. O candomblé é uma religião com uma vasta cultura e rica em preceitos, eu diria que é a religião que tem um maior número de preceitos. São pouquíssimas as pessoas que realmente o conhecem a fundo, devido todo seu conhecimento ser divulgado oralmente e dependendo da idade que a pessoa tem. È necessária muita dedicação e anos de estudo para se chegar a um conhecimento profundo da religião. Seus preceitos são todos fundamentados e qualquer um pode se dedicar ao seu estudo e desfrutar seus benefícios. Existe muita energia positiva no candomblé, e o seu culto pode trazer muita paz e felicidade.



Vamos ver agora um texto retirado da Revista Orixá:
Texto retirado da Revista Orixás o Segredo da Vida.;nº 1

Origem do Candomblé: Ifé
A antiga cidade de Ifé, ao sudoeste da atual Nigéria, deslumbrava desde o começo do século como capital religiosa e artística do território que cobria uma parte central da atual República do Daomé. É a fonte mística do poder e da legitimidade, o berço da consagração espiritual, e para onde voltaram os restos mortais e as insígnias de todos os reis iorubas. A civilização de Ifé, ainda hoje, é pouco conhecida e apresenta uma criação artística variada do realismo, enquanto que a maioria da arte africana é abstrata. O material empregado na arte de Ifé espanta e abisma qualquer historiador, incluindo os próprios africanistas. Ao lado das esculturas em pedra e terracota(argila modelada e cozida ao fogo) tradicionais na África, estão as esculturas em bronze e artefatos em perola. Uma das artes mais conhecidas é a de Lajuwa, que segundo o povo de Ifé permaneceu no palácio real, mostrando os vestígios em terracota, antes de ter sido redescoberta. Lajuwa foi o camareiro de Oni (soberano do reino de Ifé ou Aquele que Possui). A atribuição dessa terracota a Lajuwa não é estabelecida de maneira segura, entretanto a escultura foi preservada e conservou uma superfície lisa, ainda que o nariz tenha sido quebrado. A maior parte das descobertas das obras foi feita nos BOSQUETES SAGRADOS: vastas extensões de terras situadas no coração da savana. Cada uma destas descobertas é consagrada a esta ou aquela divindade, entre elas:
- BOSQUETE SAGRADO DE OLOKUM: cobre uma superfície de 250 Há. Ao norte da saída da cidade de Ifé. É dedicado a OLOKUM, divindade do mar e da riqueza.
- BOSQUETE SAGRADO D'IWINRIN: encerra numeroso tesouro artístico, testemunhado, na maior parte, uma arte extremamente realista e refinada. Uma delas é de um personagem com 1,60 m de altura, sentado num banco redondo, esculpido em quartzo e provido com um braço curvado para dentro em forma de anel. Apóia o braço em um tamborete retângulo com quatro pés, sendo ladeado por dois outros de igual tamanho natural, um dos quais tem na mão a extremidade de uma vestimenta cortada.
Supõe-se que o artista tenha manuseado a argila crua em separação. Depois de concluído foi seca ao sol e cozida numa imensa fogueira ao ar livre, obtendo uma terracota de cor uniforme.
- BOSQUTE SAGRADO OSONGONGO : os arqueólogos descobriram uma variedade de esculturas de argila cozida e a maior parte de uma mesa micácea. Entre elas está a cabeça da própria OSONGOGON, porém menos refinada do que a de LAJUWA.
Ao lado desta escultura, há numerosas outras representando personagens com deformações físicas, uma delas com elefantíase nos testículos (doença ligada intimamente ao espírito dos negros e à impotência sexual), objeto de tratamento com rituais especiais. Nos funerais, a liturgia era feita por um sacerdote da antiga sociedade ORO, tida aos “ocidentalizados” como forma monstruosa.
O principal achado e o vaso do ritual destes funerais, decorado em relevo. Revela certos ritos e insígnias religiosas de Ifé. Vêem-se com os efeitos: Edans (bastões de bronze, utilizados pelos membros da Sociedade OGBONIS na cerimônia secreta), um bastão de ritual com uma espécie de espiral saliente em ambos os lados, um tambor, um objeto com dois crânios na base, um machado e dois personagens sem cabeças.
- BOSQUESTE SAGRADOS DE ORE : possue abundantes esculturas de homens e animais. O grupo principal é constituído de duas estátuas humanas, a maior é chamada IDENA, o porteiro.
IDENA usa um colar de perolas (contas), diferente dos demais usados em estátuas de terracota. Na cintura ostenta um laço e tem as mãos entrelaçadas. A cabeleira não é esculpida, mas representada por pregos de ferro fincados, como acontece na arte de Ifé.
-BOSQUETE SAGRADO DE ORODI : encontra-se nele uma estátua de pedra com a cabeça e o corpo enfeitado com pregos, similares aos que ornam Idena. Tem na mão direita uma espada e na esquerda um abano. Está situada em Enshure, província do Ado Ekiti.
Criação do Reino de Ifé
O grande Deus Olodumaré enviou Osalufã (orixá) para que criasse o mundo. A ele foi confiado um saco de areia, uma galinha com 5 dedos e um cmaleão. A areia deveria ser jogada no oceano e a galinha posta em cima para que ciscasse e fizesse aparecer a terra. Por ultimo, colocaria o camaleão para saber se estava firme. Osalufã foi avisado para fazer uma oferenda ao Orixá Essú antes de sair para cumprir sua missão. Por ser um Orixá Funfun, Oxalufã se achava acima de todos e sendo assim, negligenciou a oferenda. Essú descontente , resolveu vingar-se de Osalufã, fazendo-o sentir muita sede. Não tendo alternativa Osalufã furou com seu Apaasoro o tronco de uma palmeira. Um líquido refrescante dela escorreu, era o vinho de palma. Ele saciou sua sede, embriagou-se e acabou dormindo. Olodumaré, vendo que Osalufã, não cumpriu sua tarefa, enviou Odùdùwa para verificar o ocorrido. Ao retornar e avisar que Osalufã estava embriagado, Odùdùwa recebeu o direito de vir e criar o mundo. Após Odùdùwa cumprir sua tarefa, os outros deuses vêm se reunir a ele, descendo dos céus graças a uma corrente que ainda se podia ver, segundo a tradição, no BOSQUE DE OLOSE, até há alguns anos. Apesar do erro cometido, uma nov chance foi dada a Osalufã: a honra de criar os homens. Entretanto, incorrigíveis, embriagou-se novamente e começou a fabricar anões, corcundas, albinos e toda espécie de monstros. Odùdùwa interveio novamente, anulou os monstros gerados Osalufã e criou os homens bonitos, sãos e vigorosos, que foram insuflados com vida por Olodumaré. Esta situação provocou uma guerra entre Odùdùwa e Osalufã. O ultimo foi derrotado e então Odùdùwa tornou-se o primeiro ONI (rei) de Ifé. Distribuiu seus filhos e os enviou para criar novos e vários reinos fora de Ifé. Mais tarde os Orixás retornaram a Orum, deixando na terra seus conhecimentos e como deveriam ser cultuados seus toques, comidas e costumes, para que fossem cultuados pelos seus descendentes. Então o ser humano começou a fazer pedido aos Orixás e para que cada pedido fosse atendido eles ofereciam comida em troca. Ao contrario do que se pensa, nem todos os pedidos são atendidos, embora os Orixás sempre aceitem as oferendas. Quando um orixá recebe um pedido, ele o leva a Olodumaré e este decide se o pedido vai ou não ser atendido. Este julgamento vai ser baseado no merecimento da pessoa que faz o pedido. O povo continua fazendo oferendas aos Orixás até hoje, pois os Orixás procuram sempre fazer o melhor para as pessoas. O círculo dos deuses é constituído segundo o número 16, número sagrado no candomblé. Ele se encontra em toda parte: no numero de búzios, no númerode chamas da lâmpada dos sacrifícios, na numeração dos membros físicos e psíquicos, quer dizer, das forças e das partes que possui o homem na organização hierárquica.

As senhoras, Iyami Oxorongá

Quando se pronuncia o nome de Iyami Oxorongá quem estiver sentado deve se levantar, quem estiver de pé fará uma reverência pois esse é um temível Orixá, a quem se deve respeito completo.
Pássaro africano, Oxorongá emite um som onomatopaico de onde provém seu nome. É o símbolo do Orixá Iyami, ai o vemos em suas mãos. Aos seus pés, a coruja dos augúrios e presságios. Iyami Oxorongá é a dona da barriga e não há quem resista aos seus ebós fatais, sobretudo quando ela executa o Ojiji, o feitiço mais terrível.
Com Iyami todo cuidado é pouco, ela exige o máximo respeito. Iyami Oxorongá, bruxa é pássaro. As ruas, os caminhos, as encruzilhadas pertencem a Esu.
Nesses lugares se invoca a sua presença, fazem-se sacrifícios, arreiam-se oferendas e se lhe fazem pedidos para o bem e para o mal, sobretudo nas horas mais perigosas que são ao meio dia e à meia-noite, principalmente essa hora, porque a noite é governada pelo perigosíssimo odu Oyeku Meji. À meia-noite ninguém deve estar na rua, principalmente em encruzilhada, mas se isso acontecer deve-se entrar em algum lugar e esperar passar os primeiros minutos. Também o vento (afefe) de que Oya ou Iansan é a dona, pode ser bom ou mau, através dele se enviam as coisas boas e ruins, sobretudo o vento ruim, que provoca a doença que o povo chama de "ar do vento". Ofurufu, o firmamento, o ar também desempenha o seu papel importante, sobretudo á noite, quando todo seu espaço pertence a Eleiye, que são as Ajé, transformadas em pássaros do mal, como Agbibgó, Elùlú, Atioro, Osoronga, dentre outros, nos quais se transforma a Ajé-mãe, mais conhecida por Iyami Osoronga. Trazidas ao mundo pelo odu Osa Meji, as Ajé, juntamente com o odu Oyeku Meji, formam o grande perigo da noite. Eleiye voa espalmada de um lado para o outro da cidade, emitindo um eco que rasga o silêncio da noite e enche de pavor os que a ouvem ou vêem. Todas as precauções são tomadas. Se não se sabe como aplacar sua fúria ou conduzí-la dentro do que se quer, a única coisa a se fazer é afugentá-la ou esconjurá-la, ao ouvir o seu eco, dizendo Oya obe l'ori (que a faca de Iansã corte seu pescoço), ou então Fo, fo, fo (voe, voe, voe). Em caso contrário, tem-se que agradá-la, porque sua fúria é fatal. Se é num momento em que se está voando, totalmente espalmada, ou após o seu eco aterrorizador, dizemos respeitosamente A fo fagun wo'lu ( [saúdo] a que voa espalmada dentro da cidade), ou se após gritar resolver pousar em qualquer ponto alto ou numa de suas árvores prediletas, dizemos, para agradá-la Atioro bale sege sege ([saúdo] Atioro que pousa elegantemente) e assim uma série de procedimentos diante de um dos donos do firmamento à noite. Mesmo agradando-a não se pode descuidar, porque ela é fatal, mesmo em se lhe felicitando temos que nos precaver. Se nos referimos a ela ou falamos em seu nome durante o dia, até antes do sol se pôr, fazemos um X no chão, com o dedo indicador, atitude tomada diante de tudo que representa perigo. Se durante à noite corremos a mão espalmada, à altura da cabeça, de um lado para o outro, afim de evitar que ela pouse, o que significará a morte. Enfim, há uma infinidade de maneiras de proceder em tais circunstâncias.

Fonte: As Senhoras do Pássaro da Noite

Iyami Oshorongá é o termo que designa as terríveis ajés, feiticeiras africanas, uma vez que ninguém as conhece por seus nomes. As Iyami representam o aspecto sombrio das coisas: a inveja, o ciúme, o poder pelo poder, a ambição, a fome, o caos o descontrole. No entanto, elas são capazes de realizar grandes feitos quando devidamente agradadas.
Pode-se usar os ciúmes e a ambição das Iyami em favor próprio, embora não seja recomendável lidar com elas.
O poder de Iyami é atribuído às mulheres velhas, mas pensa-se que, em certos casos, ele pode pertencer igualmente a moças muito jovens, que o recebem como herança de sua mãe ou uma de suas avós. Uma mulher de qualquer idade poderia também adquiri-lo, voluntariamente ou sem que o saiba, depois de um trabalho feito por alguma Iyami empenhada em fazer proselitismo. Existem também feiticeiros entre os homens, os oxô, porém seriam infinitamente menos virulentos e cruéis que as ajé (feiticeiras).
Ao que se diz, ambos são capazes de matar, mas os primeiros jamais atacam membros de sua família, enquanto as segundas não hesitam em matar seus próprios filhos. As Iyami são tenazes, vingativas e atacam em segredo. Dizer seu nome em voz alta é perigoso, pois elas ouvem e se aproximam pra ver quem fala delas, trazendo sua influência.
Iyami é freqüentemente denominada eleyé, dona do pássaro. O pássaro é o poder da feiticeira; é recebendo-o que ela se torna ajé. É ao mesmo tempo o espírito e o pássaro que vão fazer os trabalhos maléficos. Durante as expedições do pássaro, o corpo da feiticeira permanece em casa, inerte na cama até o momento do retorno da ave. Para combater uma ajé, bastaria, ao que se diz, esfregar pimenta vermelha no corpo deitado e indefeso. Quando o espírito voltasse não poderia mais ocupar o corpo maculado por seu interdito.
Iyami possui uma cabaça e um pássaro. A coruja é um de seus pássaros. É este pássaro quem leva os feitiços até seus destinos. Ele é pássaro bonito e elegante, pousa suavemente nos tetos das casas, e é silencioso. "Se ela diz que é pra matar, eles matam, se ela diz pra levar os intestinos de alguém, levarão". Ela envia pesadelos, fraqueza nos corpos, doenças, dor de barriga, levam embora os olhos e os pulmões das pessoas, dá dores de cabeça e febre, não deixa que as mulheres engravidem e não deixa as grávidas darem à luz.
As Iyami costumam se reunir e beber juntas o sangue de suas vítimas. Toda Iyami deve levar uma vítima ou o sangue de uma pessoa à reunião das feiticeiras. Mas elas têm seus protegidos, e uma Iyami não pode atacar os protegidos de outra Iyami.
Iyami Oshorongá está sempre encolerizada e sempre pronta a desencadear sua ira contra os seres humanos. Está sempre irritada, seja ou não maltratada, esteja em companhia numerosa ou solitária, quer se fale bem ou mal dela, ou até mesmo que não se fale, deixando-a assim num esquecimento desprovido de glória.
Tudo é pretexto para que Iyami se sinta ofendida. Iyami é muito astuciosa; para justificar sua cólera, ela institui proibições. Não as dá a conhecer voluntariamente, pois assim poderá alegar que os homens as transgridem e poderá punir com rigor, mesmo que as proibições não sejam violadas. Iyami fica ofendida se alguém leva uma vida muito virtuosa, se alguém é muito feliz nos negócios e junta uma fortuna honesta, se uma pessoa é por demais bela ou agradável, se goza de muito boa saúde, se tem muitos filhos, e se essa pessoa não pensa em acalmar os sentimentos de ciúme dela com oferendas em segredo. É preciso muito cuidado com elas. E só Orunmilá consegue acalmá-la.

TÍTULOS DE ÌYÀMÌ

Ìyàmì-Òsòróngà = Poderosa Mãe cultuada na Sociedade Osoronga.
Ìyàmì-Ajé = Poderosa Mãe administradora do Poder Sobrenatural. Titulo em alusão quando seu culto é realizado na LUA NOVA na finalidade de utilização dos poderes sobrenaturais em defesa a uma agressividade (feitiço), ou relacionado aos projetos, ideais, envolvimentos e recolhimento de

Yawo. “Por ser o ciclo mais escuro da lua”.

Ìyàmì-Eleye = Poderosa Mãe Proprietária dos Pássaros.

Ìyàmì-Oduwà = Poderosa Mãe proprietária do recipiente da existência (o mundo). Oduduwà =

Recipiente Negro Existencial ( A Terra figurativamente Negra)

Ìyàmì-Odu = Recipiente – Útero – Cabaça – O Planeta – Ovo – Esfera existencial.

Ìyàmì-Alaiye = Poderosa Mãe proprietária de toda extensão Terrestre.

Ìyàmì-Ekunlaiye = Poderosa mãe que inunda a Terra com Água...

Ìyàmì-Iyemonja = Poderosa Mãe senhora que possui muitos filhos como cardumes de Peixes. “Uma alusão a sua qualidade anfíbia a quantidade de ser humanos existentes na terra comparada aos peixes no Mar”. (Titulo relacionado a Egun e não a Ogun como muitos erradamente afirmam )

Ìyàmì-Iyemowo = Poderosa Mãe que é o próprio dinheiro de suas filhas
(búzios). “uma alusão a grande quantidade de búzios que utiliza em suas roupas” (Titulo que é cultuada no culto de Orisanlá).

Ìyàmì-Omolu = Poderosa Mãe a filha sagrada de Deus. (Título que é cultuada ao lado de Obaluwaiye)

Ìyàmì-Omolulu = Poderosa Mãe rainha das formigas. “Uma referencia ao fato de esta associada ao subsolo (Título que é também cultuada no culto de Obaluwaiye).

Ìyàmì-Ori ou Iya-Ori = Poderosa Mãe das Cabeças. “Uma alusão ao fato de está relacionada aos rituais de sacrifício animal sobre uma cabeça”. (Titulo que é também cultuada nos ritos de Bori).

Ìyàmì-Buruku = Poderosa Mãe Antiga. Uma referencia ao planeta na sua antigüidade existencial.

Ìyàmì-Agba = Poderosa Mãe ancestral associada ao poder feminino.

Ìyàmì-Ako = Poderosa Mãe que é o pássaro Ako. Titulo referente ao 3o dia da lua cheia e a seu culto exatamente na sociedade das Geledes.

Ìyàmì-Iyelala = Poderosa Mãe senhora dos sonhos. (relacionada a revelação de situações através de sonhos).

Ìyàmì-Ayala = Poderosa Mãe esposa daquele que é o Céu. “Uma referencia ao fato da Terra ser coberta pelo Céu o próprio Oorisanla”.

Ìyàmì-Onilé = Poderosa Mãe proprietária da Terra. “Titulo referente a reverencia e aos rituais realizados dentro da terra”. Outra referencia é ao fato de ser o lugar mais próprio de se cultuar toda classe de espíritos, na qual Ela é a grande apaziguadora desses espíritos ou forças rebeldes. Numa única função de tranqüilizar, apaziguar ou neutralizar qualquer tipo de força oculta agressiva.

Òdu-Logboje = Cabaça Existencial no Universo. Uma referencia ao planeta Terra.

Ìyàmì-N' la = Poderosa grande Mãe. Uma referencia a grandeza do planeta Terra e seu culto elementar. Titulo que plagia o titulo de Orisa'nlà.

Ìyàmì-Asiwòró = Poderosa Mãe canalizadora das energias nos ritos tradicionais.

Ìyàmì-Osupa = Poderosa Mãe que controla as força da lua.

Ìyàmì-Petekun = Poderosa Mãe que é povoada. Uma referencia a relação com Èsu.

Ìyàmì-Ako = Nome de Ìyàmì dentro da sociedade Gelede, titulo que assume o posto de primeira Dama desta sociedade.

Ìyàmì- Egeleju = Poderosa Mãe dos olhos delicados. Ìyàmì-Eleje = Poderosa Mãe proprietária do fluxo da vida (sangue).

Ìyàmì-Oru-Alé = Poderosa Mãe da madrugada ou Noite.

Ìyàmì-Oga Igi= Poderosa Mãe que faz o alto das árvores de trono. Uma referencia ao fato dos Pássaros pousarem no cume das grandes árvores.

Ìyàmì-Ilunjó = Poderosa Mãe que dança o ritmo da morte. Uma referencia ao ritmos tocado para Ogun “Aquele que dança o ritmo da morte”.

Ìyàmì-Elesenu = Poderosa Mãe Proprietária de todos os órgãos internos (vísceras).

Caminhos de Odú



Os dezesseis


1. Okaran - A Insubordinação
2. Eji-Okô - A Dúvida
3. Etá-Ogunda - A Obstinação
4. Iorosun - A Calma
5. Oxé - O Brilho
6. Obará - A Riqueza
7. Odí - A Violência
8. Ejí-Onile - A Intranquilidade
9. Ossá- A Alienação
10. Ofun - A Doença
11.Owanrin - A Pressa
12. Eji-Laxeborá - A Justiça
13. Eji-Ologbon - A Meditação
14. Iká-Orí - A Sabedoria
15.Ogbé-Ogundá - O Disernimento
16. Alafiá - A Paz


OKANRAN MEJI Odu regido por Èsú. Você parece ser agressivo, mas na verdade está apenas lutando para preservar a independência da qual muito se orgulha. Você não poupa esforços para atingir seus objetivos, mas deve tomar cuidado para não arrumar inimigos à toa. Seu lado negativo implica grandes sustos na vida, grandes perigos, prisão, roubo, ruína, perda de tudo, ambição e intrigas.Sentença: Para que o mundo exista, tem que haver o bem e o mal.


2. EJIOKO Odu regido por Ibeji e Ògún. Você se mostra calmo no comportamento e seguro nas decisões, mas na sua mente sempre exitem dúvidas. Não tenha medo de externar estas incertezas. Como muitas pessoas o amam, você acabará recebendo bons conselhos. Regidos por este odu têm personalidade marcante. Geralmente são criaturas tensas e nervosas, ávidas de vitória não importando a luta e sacrifício que terão de enfrentar para alcançarem a vitória, pessoas sinceras e que não aceitam a falsidade. Seu lado negativo traz prisões, brigas, casos de justiça, desfechos perigosos na situações da vida e crimes.Sentença: A guerra começa entre dois irmãos.


3. ETÁOGUNDÁ Odu regido por Ògún e Obalúwàiyé. A obstinação que se traduz em agitação e inconformismo, é uma das suas principais características. Mas, se usar suas qualidades, como a coragem, criatividade e a perseverança, consiguirá o que mais anseia: o poder e o sucesso. Seu lado negativo traz a inveja, normalmente vecem as situações com dificuldades, falta de sorte no amor, morte com familiar e situações onde possa haver feitiços com a pessoa.Sentença: A tragédia sempre é ocasionada por alguma coisa.


4. IROSSUN MEJI Odu regido por Yemonja e pelos eguns. Sempre sereno e disposto a ver tudo com muita clareza e objetividade, você sabe resouver situações confusas ou tumultuadas. Tem plena conciência da sua força moral e não hesita em usá-la para atingir todas as suas metas. Pessoas francas, geralmente "mão aberta" pra dinheiro e que não gostam de ver ninguém "chorando" miséria. Pessoas gratas que gostam de ajudar e têm gosto pelo oculto, mistério e misticismo. Seu lado negativo traz a calúnia, a difamação, traições e indecisões. No caso de mulheres em busca de relacionamento difilmente terão hesito.Sentença: Ninguém conhece os segredos guardados pelo oceano.


5. OSÉ MEJI Odu regido por Òsún. Sensível e sempre atento, você é uma pessoa sempre disposta a proporcionar alegria aos outros. Mas há momentos nos quais você precisa de isolamento para poder refletir, pois preza muito sua liberdade e, sobretudo, seu crescimento. Pessoas vaidosas e que se interessam muito pelo ocultismo além de grande força espiritual. Desenvolvendo a espiritualidade tornam-se grandes feitiçeiros. Normalmente ocupam cargos importantes dentro do culto de òrìsà. Seu lado negativo implica a falsidade, promessa de pessoas influentes com desfecho infeliz, ambição, fracassos amorosos e a ilusão de viver situações fantasiosas.Sentença: É sangue o que corre em nossas veias.


6. OBARÁ MEJI Odu regido por Sòngó, Òsóòssi e Lògún Ode. Você luta com unhas e dentes pelo que quer e geralmente consegue muito sucesso material. Mas, no amor precisa entender que não pode exigir demais dos outros. A possibilidade de riqueza e progresso são uma constante neste odu. Seu lado negativo traz a calúnia, roubos, inveja, o que, normalmente, causam nas outras pessoas mesmo sem ter nada. Bem cultuado na vida pode trazer soluções ineperadas e auxílio de onde não se espera o que pode ainda ser o caminho de grande melhora de vida.Sentença: Rei morto, príncipe coroado.


7. ODI MEJI Odu regido por Obalúwàiyé, Èsú e Òsóòssi . Você realmente está satisfeito com o que consegue. Mas não fica se lamentando. Prefere ir à luta. Caso aprenda com clareza seus objetivos, alacançará grandes êxitos. Seu lado negativo traz o desgosto pela vida, a perda da virgindade precoce, no caso de doentes traz o perigo de morte, perseguição, perda rápida daquilo que se conquista, e dificulade para se fixar em objetivos. Pessoas qu não temem a morte e bons feitiçeiros.Sentença: Um pequeno buraco é indício de que existe uma saída.


8. EJIONILE Odu regido por Òsóògìnyón. Sua agilidade mental faz de você uma pessoa falante e muito ativa. Além disso, você gosta de poder e prestígio e chega a sentir inveja de quem está em melhor situação. Mas seu senso de justiça o empede de prejudicar quem quer que seja. Seu lado negativo traz a perseguição de pessoas perversas, intrigas, brigas, fofocas, ódio acumulado no íntimo da pessoa e sede por vingança contagiante. Sendo regido pelo deus da "guerra", quando seu lado negativo é tratado terá a pessoa a conquista de grandes vitórias.Sentença: A cabeça comanda o corpo. Um só rei governa o povo.


9. OSSÁ MEJI Odu regido por Oyá e Yemonja. Você é uma pessoa que gosta de estudar cuidadosamente todas as coisas e sua larga visão de mundo em busca do conhecimento interior. Se quiser alcançar o sucesso, precisa tomar cuidado de manter alguma ordem no seu dia a dia. Seu lado negativo traz grandes desastres, perseguição e situações na vida de perdas onde não se espera acontecer. Quando se vai, seus nativos já estão vindo. Grande espiritualidade o que torna a pessoa muito adequada ao culto de òrìsà. Estas pessoas tem grande satisfação em viver os prazeres da vida.Sentença: Por vezes a loucura não passa de conveniência.


10. OFUN Odu regido por Osólúfón. Seu jeitão rabugento é apenas um escudo para que os outros não abusem da sua vontade e da sua sensibilidade. No fundo, você é uma pessoa serena, que se adapta aos autos e baixos da vida. Pessoas caridosas, humanas, pacientes e que geralmente entendem seus problemas assumindo assim a liderança de ajuda para quem dele precisa. Seu lado negativo implica a morte por doenças e principalmente da região do abdômen, feitiços e grande demora ao alcance dos objetivos e da persepção de situações sejam favoráveis ou não. Seus nativos atraem o lado negativo deste caminho para a vida quando fazem usode roupas pretas.Sentença: É a agulha que carrega a linha.


11. OWANRIN Odu regido por Omolu, Oyá e Èsú. A pressa e a coragem são suas características. Tenso e agitado, você nunca fica muito tempo no mesmo lugar, a não ser que se sinta obrigado. Pode não obter grande sucesso material, mas a vida sempre lhe reserva muitas alegrias. Seu lado negativo traz perturbações, dúvidas, infelicidades, atrai pessoas de má influência, tendência para a mendicância e para os vícios, participação em casos baixos com envolvimento de polícia e casos de justiça além de falta de sentimento para questões na vida.Sentença: Pegar água num cesto é trabalhar inutilmente.


12. EJILASEBORÁ Odu regido por Sòngó e Airá. Sua principal virtude é o amor à justiça, que algumas vezes se transforma em intolerância com os erros alheios. Nessas ocasiões, você deve se voltar para outras de suas qualidades: a dedicação, que lhe permite ajudar todas as pessoas. São pessoas agradáveis, boas e simpáticas, porém muito sovinas. Seu lado negativo implica tendência acentuada para o vício do alcoolismo, progresso e sucesso rápido com perda mais rápida ainda e situações de perda por roubo. Se for homem, pode ainda, causar grandes perdas por mulher interesseira e envolvimento em casos de justiça.Sentença: Quando não existe guerra o soldado não morre.


13. EJI-OLOGBON Odu regido por Nàná e Obalúwàiyé. Você está quase sempre um pouco deprimido. Só faz o que quer quando quer o como quer. Mas, como tem grande capacidade de reflexão, acaba se adaptando e consegue viver bem com os outros. Seu lado negativo traz a falta de sorte no amor, difuculdades para êxito nos objetivos, atração para pessoas com vingança por feitiços, inveja e muita dúvida para tomar decisões. Pessoas com espiritualidade delicada com grande necessidade de trato constante ao Ori.Sentença: Quando existe enfermidade o sangue adoece.


14. IKÁ MEJI Odu regido por Òsùmàrè e Yewá. Paciência sabedoria são suas principais características. Versátil, você se dá bem em qualquer atividade. Poderá passar por provações materiais e sentimentais, mas sempre saberá reencontrar o caminho para felicidade. Com seus nativos é sempre bom ter muita cautela por se tratarem de pessoas com opinião inconstante de onde pode se esperar tudo. São pessoas difíceis de lidar. Tem o viço da juventude e o carisma de um olhar malicioso e pentrante, perigoso, com pensamentos intensos. Gostam de aproveitar os prazer da vida intensamente. Se adaptam facilmente a uma situação e dela tiram sempre proveito ou experiência. Seu lado negativo traz arrependimento por oportunidades perdidas, doenças passageiras e dificuldades financeiras.Sentença: Quando chove o sapo se abriga em baixo da pedra.


15. OGBÉ-OGUNDÁ Regido por Lògún Ode, Yewá e Oba. Você uma pessoa rebelde e cheia de vontades, que muitas vezes não resiste a defender seu ponto de vista mesmo depois que percebe que está errado. Por isso, deve tomar cuidado para não se deixar dominar pelo nervosismo. Pessoas ricas de bons sentimentos e muito seletivos na escolha de relacionamentos. Têm personalidade dúbia, nunca se firmando no que querem realmente. Sei lado negativo traz a briga, problemas de saúde relacionado as pernas, disputas e negócios com pouca chance de vitória.Sentença: A mesma força que movimenta é a que paralisa.


16. ALAFIA Odu regido por Osálás e Òrìsàs Funfun. Suas principais caracteristicas são atranquilidade e alegria. Amante da paz, você cria um clima de harmonia á sua volta. Se mantiver o equilíbrio, sem dúvida alcançará o sucesso. Pessoas felizes e contagiantes e que têm dificulades de lidar com suas limitações. SEus nativos podem estar tristes e pobres e transformam tal situação com grande êxito de maneira repentina. Seu lado negativo é grandioso quando estas pessoas tendem a resistir e não tolerar as situações da vida, insistindo demais em assuntos que a pessoa mesmo não acredita.Sentença: Uma venda sobre os olhos esconde o próprio nariz.

Opon-Ifá, tábua sagrada feita de madeira e esculpida em diversos formatos, redonda, retangular, quadrada, oval, utilizada para marcar os sígnos dos Odús (obtidos com o jogo de Ikins) sobre um pó chamado Ierosum. Método divinatório do Culto de Ifá utilizado pelos babalawos.

Apele, Oracúlo


Jogo de Opele

Opele Ifá
O Òpelè-Ifá ou Rosário de Ifá é um colar aberto composto de um fio trançado de palha-da-costa ou fio de algodão, que tem pendentes oito metades de fava de opele, é um instrumento divinatório dos tradicionais sacerdotes de Ifá.
Existem outros modelos mais modernos de Opele-Ifá, feitos com correntes de metal intercaladas com vários tipos de sementes, moedas ou pedras semi-preciosas.
O jogo de Opele-Ifá é o mais praticado por ser a forma mais rápida, pois a pessoa não necessita perguntar em voz alta, o que permite o resguardo de sua privacidade, também de uso exclusivo dos Babalawos, com um único lançamento do rosário divinatório aparecem 2 figuras que possuem um lado côncavo e outro convexo, que combinadas, formam o Odú.

Ikin, Oracúlo


Jogo de Ikins

Jogo de Ikin
O Jogo de Ikin só é utilizado em cerimônias relevantes, só pode ser consultado pelo babalawo. O jogo compõe-se de 21 nozes de dendezeiro Ikin, são manipuladas pelo babalawo com a finalidade de se apurar o Odú a ser interpretado e transmitido ao consulente. Dos 21 Ikins, 16 são colocados na palma da mão esquerda, com a mão direita rapidamente o babalawo tenta retirá-los de uma vez. A determinação do Odú é a quantidade de Ikin que sobrou na mão esquerda, o resultado seja qual for, terá que ser riscado sobre o ierosun que está espalhado no Opon-Ifa, para um risco usa o dedo médio da mão direita e para dois riscos usa dois dedos o anular e o médio da mão direita. Deverá repetir a operação quantas vezes forem necessárias até obter duas colunas paralelas riscadas da direita para a esquerda com quatro sinais, se não sobrar nenhum ikin na mão esquerda, a jogada é nula e deve ser repetida.

Odú, Mitologia Africana



Ifá e seus dezesseis odús


Odus:Irosun, Egi Laxeborá, Iká Ori e Obará.Representam o caminho da tranqüilidade e da riqueza.

Água
Odus:Egi Okô, Ossá, Egi Ologbon e Oxé.Representam o caminho da dúvida ao triunfo.

Ar

Odus:Onilé, Ofun, Obé Ogundá e Aláfia.Representam o caminho da indecisão até a paz.

Fogo
Odus:Okaran, Odi, Owanrin e Eta Ogundá.Representam o caminho da insubordinação até a guerra.


Diz-se que, nos primórdios dos tempos, não existia separação entre o céu e a terra (orum-aiyé) e que havia uma convivência íntima entre os orixás e os seres humanos; todos podiam ir ao órum e voltar quando desejassem. Porém um certo dia, o homem desonrou seu compromisso com ólorum, pecou contra o supremo ao tocar o que não podia ser tocado ou comer o que não podia ser comido. E assim,o mesmo dividiu o céu e a terra. O privilégio da livre comunicação desapareceu em troca das diferentes formas oraculares estabelecidas e legadas por orunmiláOdús (signos de ifã), são presságios, destinos, predestinação. Os odús são inteligências siderais que participaram da criação do universo; cada pessoa traz um odú de origem e cada orixá é governado por um ou mais odús. Cada odú possui um nome e características próprias e dividem-se em “caminhos” denominados “ese” onde está atado a um sem-número de mitos conhecidos como itàn ifá.
Odus são os signos de Ifá, o resultado do jogo. Segundo as lendas do candomblé africano, os Odus representam os destinos criados por Olorum, com todas as características da vida cotidiana e baseados no comportamento e temperamento humano. Então os Odus, seriam os signos do destino que regem cada orixá, que por sua vez, regem cada homem sobre a terra.
Os odús são os principais responsáveis pelos destinos dos homens e do mundo que os cerca.Os orixás não mudam o destino da vida e sim executam suas funções dentro da natureza liberando energia para que todos possam dela se alimentar.
O odú é o caminho, a existência do destino o qual o orixá e todos os seres estão inserido.Alguém já escutou a seguinte frase ?-com o destino não se brinca…-sua vida esta escrita…- seu destino já estava escrito…E muitas outras frases populares que refere-se a odú. Cada pessoa pode ir de encontro ou seguir um caminho alheio ao destino estabelecido, isso nós dizemos que a mesma está com o odú negativo, ou seja: seu destino sua conduta foge as regras siderais, ou seja, seguiu um caminho negativo dentro do estabelecido.
Nós quando nascemos, somos regidos por um odú de ori (cabeça) que representa nosso “eu” assim como odú de destino, espiritualidade…
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1. OKANRAN MEJI - a disciplina e teimosiaRegente: ExuElemento: FogoPessoas com esse ODU são inteligentes, versáteis e passionais, com enorme potencial para a magia. Seu temperamento explosivo faz com que raras vezes atuem com a razão. Têm sorte nos negócios. No amor, extremamente sedutoras, são muito inconstantes e mentem com facilidade. As mulheres têm como ponto vulnerável o útero.Por Alexandre Era um pobre peregrino que vivia migrando. Permanecia em diversos lugares, mas, depois de fazer as plantações, mandavam embora, ficando os donos das terras com tudo o que ele tinha feito.Por conselho de alguém, esse homem foi um dia a casa de um oluô, que lhe indicou um ebó (oferenda). tendo tudo preparado, partiu o homem para a grande mata fronteiriça e, lá chegando deu início ao serviço.Mais tarde, ouvindo um barulho naquele lugar tão impenetrável, assustou-se. Era ogum, o dono dessa mata misteriosa. Chegando perto, ficou ogum espreitando o estranho, até que este, muito amedrontado, implorou misericórdia, perguntando a ogum se queria se servir de alguma coisa servida no ebó. Que falasse sem cerimônia, pois estava tudo a sua disposição.Ogum aceitou tudo o que havia ali e ficou satisfeito. Perguntou, então, quem era tão perverso a ponto de mandar o peregrino para aquela paisagem impenetrável. O homem contou todos os percalços de sua vida.Então, ogum, transfigurado, aterrorizante, bradou que ele pegasse o mariô e fosse marcar as casas dos seus amigos, pois ele, ogum, iria aquela cidade à noite destruir tudo o que lá se achasse. Iria arrasar todos os haveres lá existentes, até o solo.Dito e feito…Ogum acabou com tudo, exceto as casas e os lugares que tenha sido demarcados pelo homem com a colocação de mariô em cima das portas. Tudo o que havia de riqueza ali ogum deu para ele, tudo mesmo, conforme tinha prometido.


2. EJIOKO MEJI - a incerteza e a indecisãoRegente: Ogum com influências dos Ibejis e de ObtaláElemento: ArPessoas com esse ODU são intuitivas, joviais, sinceras e honestas. Revelam grande combatividade, mas não sabem conviver com derrota. Apesar de volúveis no amor, são muito ciumentas. Devem controlar obstinação e ter cuidado com a vesícula e com o fígado, seus pontos vulneráveis.Por Alexandre .Dizem as histórias que havia diversos príncipes que disputavam o poder. Também havia outros fidalgos oriundos de diversas cidades. Entre estes, havia tela-okô, que era desprovido de todos os meios de subsistência.E lá um dia, enquanto roçava, bem no lugar onde havia colocado o ebó que ele tinha feito conforme a maneira decretada, tela-okô bateu com a enxada num forno enorme, que se abriu, causando-lhe grande espanto. Chamou os companheiros que estavam mais afastados, dizendo que tinha afundado no buraco da riqueza.Mas, em seguida, tendo ele reconhecido ser deveras um verdadeiro tesouro da fortuna o que encontrara, mudou repentinamente, dizendo que o que tinha encontrado era apenas um buraco cheio de orobôs, e que estes eram tão alvos que pareciam tratar-se de moedas.Claro que através deste caminho de odú, entende-se que jamais devemos revelar de onde provem nossas riquezas e não o tanto o que temos, afim de evitar invejosos, perseguidores e ladrões.


3. ETAOGUNDÁ MEJI - a perseverança e a obstinaçãoRegente: Obaluaê com influência de OgumElemento: TerraPessoas com esse ODU em geral vêem seus esforços recompensados. Costumam vencer na política e conseguem obter grandes lucros nos negócios, particularmente nas atividades agrícolas, mas podem sofrer desilusões no amor e traições dos amigos. Emocionalmente inconstantes, estão propensas a ter problemas espirituais e físicos, embora na maioria dos casos consigam se recuperar com facilidade de qualquer doença. Seus pontos vulneráveis são os rins, as pernas e os braços.Por Alexandre .Dizem ter existido um senhor que, depois de ter estado muito bem, ficara num estado tão precário que, devido à extrema miséria em que se achava, viu-se forçado a procurar todos os meios para não pôs termo à própria existência.Mas, tendo feito o que lhe determinaram fazer e tendo esperado a melhoria das suas coisas da vida sem ter algum resultado benéfico, foi-se para o mato com uma corda, afim de se enforcar.Foi quando, de súbito, viu um pobre leproso que estava pelejando para botar a água de um igbin (caramujo) na cabeça. O homem que estava prestes a cometer a ação de suicidar-se, com grande admiração e louvor, levantou as mãos para o céu, agradecendo a olorum (deus). Ele, que se julgava muito melhor do que aquele indigente leproso em semelhante estado de saúde, voltou para casa bastante satisfeito e confortado com o que vira.Em pouco tempo, foi chamado para ocupar o trono de seu pai, que falecera. Nessa ocasião, não se esqueceu daquele leproso que estava ali abandonado. Assim que foi levado ao trono, mandou buscar o seu companheiro de infortúnio naquele mau dia. Assim, ficaram ambos bem…


4. IROSSUN MEJI - a tranqüilidadeRegente: Oxossi com influência de Xangô, Iemanjá, Iansã e EgumElemento: TerraPessoas com esse ODU são generosas, sinceras, sensíveis, intuitivas e místicas. Têm grande habilidade manual e podem alcançar sucesso na área de vendas. Entre os aspectos negativos estão a tendência a sofrer traições amorosas e a propensão a acidentes. Muitas vezes são vítimas de calúnias e da perseguição dos seus inimigos. Também precisam cuidar da alimentação, pois seu ponto vulnerável é o estomago.Por Alexandre .Em um certo tempo um homem que se achava em situação tão precária e em tal aperto, que não via de lado algum qualquer milagre que pudesse salvá-lo.Ele resolveu ir até a casa de um oluô fazer o ebó (oferenda) indicado.Feito tudo…lá se foi ele para um lugar reservado, acendeu o fogo, em seguida colocou as pimentas maduras no lume e pôs-se a receber fumaça nos olhos.Em um dado momento, ia passando um príncipe reinante e herdeiro do trono. Observando aquela cena de sofrimento espontâneo, admirou-se do tal sujeito,que, no dizer dele, estava procurando o meio mais curto possível para pôr termo à existência. O príncipe, condoído com aquilo, o fez chegar aos seus pés e indagou dele o que havia ou o que queria dizer aquilo. Sem demora, o homem historiou a razão daquele ato de castigar a si próprio. Tratava-se de compromissos inadiáveis, que ele não podia cumprir. Disse o príncipe que, tendo pena dele, não consentiria tal cena. Também sem hesitação, o príncipe mandou-lhe uma verdadeira fortuna, com o qual o homem poderia viver toda a sua vida, sem o menor vexame.


5. OXÊ MEJI - a famaRegente: Oxum com influências de Iemanjá e OmuluElemento: ÁguaPessoas com esse ODU têm mão de magia, força e proteção espirituais, religiosidade e uma inclinação especial para o misticismo e as ciências ocultas. São ótimos professores e se destacam em qualquer atividade que exija liderança, mas precisam aprender a controlar sua vaidade e seu egocentrismo. Outro aspecto negativo é a tendência a se vingar quando estão com raiva. Seus pontos vulneráveis são o aparelho digestivo e o sistema hormonal.Por Alexandre .Conta-se que um filho de orixalá que se chamava dinheiro, que se dizia ser tão poderoso que poderia dominar até mesmo a morte.Este, fez uma oferenda indicada pelo babalaô e saiu maquinando como poderia trazer preza a morte, conforme prometera diante de todos. Deitou-se na encruzilhada e as pessoas que passavam na estrada deparavam com um homem espichado no meio do caminho. Diziam uns:-xi ! Está este homem esticado com a cabeça para a casa da morte, e os pés para a banda da moléstia e os lados do corpo para o lugar da desavença.Ouvindo tais palavras dos transeuntes, levantou-se o homem e disse, então, com ironia:-já sei tudo o que era preciso conhecer. Estou com os meus planos já feitos.E lá de foi ele direto para a fazenda da morte. Chegando no local, começou a bater os tambores fúnebres de que a dona da casa(sra. Morte) fazia uso quando queria matar as pessoas indicadas para morrer. Ela tinha uma rede preparada e, quando a morte aproximou-se, apressada , afim de saber quem estava tocando os seus tambores, o homem envolveu-se na rede e levou logo ao maioral orixalá. Dizendo-lhe estas palavras:Aqui está a morte que eu lhe prometi trazer em pessoa à vossa presença.Orixalá, então lhe disse essas palavras:-vai-te embora com a morte e tudo de melhor e de pior que possa haver no mundo, pois tu és o causador de tudo o que há de bem e de mal. Some-te daqui e a leva embora e, então, poderás possuir tudo e conquistar o universo inteiro.


6. OBARÁ MEJI - a riqueza e o brilhoRegente: Xangô com influências de Exu, Iansã, Oxossi. Oçanhe e LogunedêElemento: FogoPessoas com esse ODU têm grande proteção espiritual e costumam vencer pela força de vontade, especialmente em profissões relacionadas à Justiça. Mas são com freqüência vítimas de calúnias e não têm sorte no amor. Devem aprender a silenciar sobre seus projetos e a determinar por onde começá-los. Seu ponto vulnerável é o sistema linfático. Por Alexandre .Dizem que no principio do mundo, 15 dos 16 odus seguiram todos à casa do oluô, afim de procurar os meios que os fizessem mudar de sorte, mas nenhum deles fez o que foi determinado pelo oluô. Obará um dos dezesseis odus existentes,não se encontrava no grupo na ocasião em que os demais foram consultar o oluô. Sendo ele, porém, sabedor do ocorrido, apressou-se em fazer o que o oluô determinara. E que os demais odús não fizeram por simples capricho da sorte. Obará com afinco fez o máximo que pode para conseguir seu desejo, dada a sua condição precária (de pobreza). Como era de costume, os 15 odús de cinco em cinco dias iam à casa de olofim, e nunca convidavam obará , por ser ele muito pobre, tanto que olhavam para ele sempre com menosprezo. Pois, então, foram a casa de olofim, jogaram e até altas horas do dia não acertaram o que queriam que olofim adivinhasse e, com isso, acabou que todos eles se retiraram sem ter sido satisfeita sua curiosidade. Olofim, com desprezo, ofereceu uma abóbora a cada um deles, e eles, para não serem indelicados levaram consigo as abóboras ofertadas.No caminho, porém, alguém se lembrou apontando para a casa de obará, de fazer ali uma parada, embora alguns fossem contra, dizendo que não adiantaria dar semelhante honra a obará, pois ele era um homem simples que nunca influía em nada.Mas um deles, mais liberal, atreveu-se a cumprimentar obara-meji com estas palavras:– obará, bom dia ! Como vais de saúde? Será que hás de comer com estes companheiros de viajem?Imediatamente respondeu ele que entrassem e se servissem da comida que quisessem. Dito isso, foram entrando todos, eles que já vinham com muita fome, pois estavam desde a manhã sem comer nada na casa de olofim.A dona da casa foi ao mercado comprar carne para reforçar a comida que tinha em casa e, em poucas horas, todos almoçaram à vontade. Depois, obará convidou todos para que se deitassem para uma madorna, pois estavam todos cansados e o sol estava ardente. Mais tarde, eles se despediram do colega e lhe disseram:-fica com estas abóboras para ti —e lá se foram satisfeitos com a gentileza e a delicadeza do colega pobre e, até então, sem valia.Mais tarde, quando obará procurou por comida, sua mulher o censurou por sua fraqueza e liberalidade, dizendo que ele tinha querido mostrar ter o que não tinha, agradando a eles que nunca olharam para ele, e nunca ligaram nem deram importância ao colega.Porém as palavras de obará eram simples e decisivas.-eu não faço mais do que ser delicado aos meus pares, estou cumprindo ordens e sei que fazendo estes obséquios, virá à nossa casa prosperidade instantânea.Finda explicação, obará pegou uma faca e cortou uma abóbora, surpreendendo-se com a quantidade de ouro e pedras preciosas que haviam dentro dela. Surpreso, e com muita felicidade, viu que em uma abóbora havia lhe dado o título de odú mais rico, porém logo percebeu que haviam mais outras 14 abóboras a serem abertas e em cada uma delas haviam outras riquezas em igual quantidade.Obará comprou tudo que precisava, palácio e até cavalos de várias cores.Daí que estava marcado o dia para todos os odús irem novamente à conferencia no palácio de olófim, como era de costume, já muito cedo, achavam-se todos no palácio, cada um no seu posto junto a olofim.Quando obará veio vindo de sua casa com uma multidão que o acompanhava, até mesmo os músicos de uma enorme charanga. Enfim, todos numa alegria sem par. De vez em quando, obará mudava de um cavalo para outro em sinal à nobreza.Os invejosos começaram a tremer e esbravejar, chamando a atenção de olofim que indagou o que era aquilo. Foi então que lhe informaram que era obará. Então perguntou olofim aos demais odús o que tinham feito com as abóboras que presenteara a eles. Responderam todos que haviam jogado no quintal de obará. Disse então olofim que a sorte estava destinada a ser do rico e próspero obará. O mais rico de todos os odús.


7. ODI MEJI - o rancor e a violênciaRegente: Obaluaê com influências de Exu, Oxalufam e OxumarêElemento: TerraPessoas com esse ODU são ambiciosas e costumam ser bem sucedidas na sua profissão, mas a indecisão as leva a não concluir muitos dos seus projetos. Quando a fé as impulsiona, porém, ultrapassam todas as barreiras. Sonham com o poder e adoram se divertir, às vezes, provocam enormes confusões. Não têm sorte no amor. Seus pontos vulneráveis são os rins, a coluna e as pernas.Por Alexandre .Conta-se a história de um homem que era escravo e um dia se viu abraçado em um eminente perigo. Este homem foi amarrado por dele terem dito que cometera um crime. Segundo as leis daquela terra, botaram o homem num caixão grande todo pregado e deitaram a caixa rio abaixo. Por uma dessas coincidências que sempre acontecem no destino* das criaturas, a correnteza lançou o caixão na praia duma cidade cujo o rei estava morto e enterrado, e onde os súditos ainda estavam guardando luto.Acontece que ali haviam muitos príncipes com direito a sucessão imediata, mas sobre todos pesava alguma grave acusação, de forma que não se sabia como haviam de decidir o complicadíssimo problema da sucessão do rei morto, como nunca jamais acontecera na história do dito povo. Depois de muito cogitar do assunto, foi decidido que marcassem um prazo para surgisse uma pessoa estranha àquela nação que assumiria o governo e seria o rei daquela terra daí em diante.Dito e feito, esse homem, que tinha antes do cativeiro feito uma oferenda que o babalaô determinara, veio ele se esbarrar, dentro do caixão, na praia de ibim, onde o acolheram e imediatamente o elegeram rei daquele povo. Assim ficou ele sendo o venturoso rei de uma nação . Onde só o destino (odú) poderia dar tamanha sorte.


8. EJONILÊ MEJI - a impaciência e a agitaçãoRegente: Oxaguiã com influências de Xangô, Oxum e OxossiElemento: ArPessoas com esse ODU são dedicadas e honestas e levam uma vida quase sem sofrimentos. Mas estão sujeitas a acidentes graves. Amam com intensidade e têm amizades sinceras. Quando são repudiadas ou sofrem uma traição, podem se tornar vingativas. Devem evitar o consumo de álcool e de carne vermelha e se vestir de branco nas sextas-feiras. Seu ponto vulnerável é o sistema nervoso central. Por Alexandre .Naquele tempo, mandaram todas as árvores fazerem oferendas a olorum (deus) mas nenhuma deu importância ao conselho. Somente a cajazeira fez a oferenda. Daí por diante, todas as árvores morreram sem delongas quando estavam deitadas, exceto a cajazeira, que mesmo deitada, caída ao chão, sempre grela e renasce.


9. OSSÁ MEJI - a desconcentraçãoRegente: Iemanjá com influências de Xangô, Oçanhe, Oxossi e IansãElemento: ÁguaPessoas com esse ODU são líderes natas, mas seu autoritarismo lhes cria sérios problemas, inclusive conjugais. O instinto protetor e a religiosidade também as caracterizam. Seus pontos vulneráveis são os conflitos psicológicos e, no caso das mulheres, os problemas ginecológicos.Por Alexandre .Conta-se que no princípio mandaram orumilá fazer uma oferenda citada, porém, ele não o fez. Orixalá, sim, fez tudo conforme havia sido determinado. Num certo dia, veio muita gente que fugia apavorada, mas o chefe e maioral do lugar, como deveria ser, recebeu todos e os salvou das perseguições e eles, em gratidão, entregaram-lhe tudo de valor que cada um trazia consigo, assim orixalá ficou muito próspero no devido tempo. Ou quando chegara sua vez de ter tal fortuna.


10. OFUN MEJI - os problemas de saúdeRegente: Oxalufam com influências de Xangô e OxumElemento: ArPessoas com esse ODU são inteligentes, fiéis e honestas, capazes de dedicar atenção total ao seu amor. Têm amigos sinceros e elevada espiritualidade. Em contrapartida, mostram-se muito teimosas e tendem a sofrer perseguições e desilusões amorosas. Seus pontos vulneráveis são o estomago e a pressão arterial. Por Alexandre .Um dia foi marcado uma reunião entre todos os orixás, cada um tratou de realizar as oferendas especificas afim que tudo transcorresse muito bem, orixalá tratou logo de preparar a sua. Findando a feitura da oferenda, entregaram a orixalá panos brancos para ele fazer um vestuário e penas de papagaio da costa para ele colocar em sua cabeça. Assim feito tudo, chegou o dia da grande reunião em que todos os orixás se apresentaram.Orixalá apareceu de uma forma tão maravilhosa em suas vestes novas, como se fosse iluminado pelos raios do sol. Assim, todos foram se curvando diante de tamanho brilho da aurora nascente, juraram fidelidade e lhe deram tudo o que possuíam, com a palavra de o adorarem para sempre…


11. OWRYN MEJI - a ansiedadeRegente: Iansã com influências de Exu, Oçanhe e EgumElemento: FogoPessoas com esse ODU têm imaginação fértil, boa saúde e vida longa, mas as más influências e a falta de fé as levam a enfrentar dificuldades materiais e a só alcançar o sucesso depois de grandes sacrifícios. São muito volúveis no amor. As mulheres geralmente fracassam no primeiro casamento, mas acabam encontrando a felicidade. Devem evitar a bebida e outros vícios. Seus pontos vulneráveis são a garganta, o sistema reprodutor e o aparelho digestivo.Por Alexandre .Em certo dia, uma mulher muito fiel aos orixás fora numa fonte lavar roupa levando consigo sua criancinha. Lá havia outra mulher invejosa que, vendo que ela estava distraída com a sua ocupação, tentou lançar a criancinha da outra numa bacia d’água. Mas outra mulher ainda, ouvindo o chorinho da criança, correu para ali e a tirou de dentro d”água, salvando-a do perigo, antes mesmo de sua mãe se der conta. Do horror que acontecia.Assim se vê o ponto onde uma pessoa má pode chegar… E também o quanto podemos contar com a ajuda e proteção através de oferendas específicas.


12. EJI-LAXEBARÁ - a justiça e o discernimentoRegente: Xangô com influências de Logunedê e IemanjáElemento: FogoPessoas com esse ODU têm o dom de convencer os outros. Dotadas de grandes qualidades espirituais, são bondosas, justas e prestativas, embora às vezes se mostrem arrogantes. Apaixonam-se com facilidade e são muito ciumentas. Devem evitar bebida e podem ter problemas judiciais ou relacionados à perda de bens. Seu ponto vulnerável é a circulação sanguínea.


13. EJI-LAXEBARÁ - a tranqüilidade e a concentraçãoRegente: Nanã com influência de ObaluaêElemento: TerraPessoas com esse ODU aceitam com resignação os sofrimentos físicos, emocionais e espirituais, conscientes de que todas as situações da vida são transitórias. Além disso, sua profunda fé termina por lhes assegurar vitória. Não têm muita sorte no amor. Dotadas de mão de cura, se destacam nos serviços médicos e de assistência psicológica e nas terapias alternativas. Seus pontos vulneráveis são o baço e o pâncreas.


14. IKÁ MEJI - o conhecimento e a sabedoriaRegente: Oxumarê com influências de Oçanhe e NanãElemento: ÁguaBelas e sensuais, as pessoas com esse ODU têm aparência juvenil e forte poder de sedução. Vivem paixões arrebatadoras mas passageiras e estão sempre em busca de novos amores. Possuem talento para a magia e enorme força espiritual, que se manifesta através do olhar. Enriquecem com facilidade e se destacam na vida profissional e social, mas são desconfiadas e propensas a ter conflitos psíquicos. Seu ponto vulnerável são as articulações que podem lhes causar problemas de locomoção.


15. OGBEOGUNDÁ MEJI - o discerminio totalRegente: Oba com influências de EuaElemento: ÁguaPessoas com esse ODU são valorosas, combativas e imparciais, mas costumam sofrer desilusões amorosas, o que acentua sua agressividade e seu sentimento de rejeição. Têm saúde frágil: estão sujeitas a problemas nos olhos, ouvidos e pernas e a distúrbios do sistema neurovegetativo.


16. ALÁFIA ONAN - a pazRegente: IfáElemento: ArCalmas, racionais e espiritualizadas, as pessoas com esse ODU têm domínio sobre suas paixões. São excelentes nas áreas de vendas e de artesanato, mas desistem facilmente dos seus projetos e perdem o interesse por aquilo que já conquistaram. Estão sujeitas a problemas cardiovasculares, psíquicos e de visão.